30 de abril de 2010

Silêncio



Então, sem angústia nem tristeza me deixei enlaçar, suavemente, pelo silêncio imperativo e em seu peito descansei e busquei o alento e conforto que tanto meu coração precisava.

Tempos depois tomou minhas mãos e me disse que era chegado o momento. Momento? - lhe pergunto e ele, sem meias palavras me diz que era chegado o momento de olhar nos olhos e, finalmente falar e ouvir, atentamente, tudo o que trasbordava d´alma.

O silêncio é sábio e, assim, coração e alma aprenderam a caminhar juntos.

28 de abril de 2010

A Pedra



“No meio do caminho tinha uma pedra.

Tinha uma pedra no meio do caminho”.

A pedra estava ali, naquele caminho, já há alguns anos e com o passar dos mesmos cada vez ficava mais tristonha, pois volta e meia alguém passava pelo caminho e exclamava:

- Tem uma pedra no meio do caminho!

A pedra de tanto escutar a exclamação, em tom de reclamação ficou tão incomodada que passava os dias a pensar em uma maneira de não mais atrapalhar a jornada dos que por ali passavam, porém como era pedra tinha pouquíssima mobilidade e vez ou outra conseguia chegar um pouco para o lado quando um caminhante sem querer esbarrava nela, ou quando a chuva, impiedosa, a jogava um pouquinho mais pro lado.

Demorou alguns anos para que a pedra conseguisse alcançar a margem da estrada, mas finalmente conseguiu. Um rapaz que caminhava distraído tropeçou nela com tamanha força, que duas voltas foram suficientes para alcançar seu intento.

Até que a estrada vista sobre aquela perspectiva tinha lá seus encantos.

Agora não mais ouviria as reclamações, dos viajantes, e de protagonista passara a espectadora.

27 de abril de 2010

Camarada D´Agua - Teatro Mágico



"Como pode um peixe vivo viver fora da água fria?
Como poderei viver
Como poderei viver
Sem a tua, sem a tua, sem a tua companhia?
Viva a tua maneira
Não perca a estribeira
Saiba do teu valor
E amanheça brilhando mais forte
Que a estrela do norte
Que a noite entregou"

Quando o trabalho Brilha

Em meio a tudo...o alento: quando o nosso trabalho Brilha! E o esforço e dedicação são reconhecidos por todos. É isso que nos faz acreditar e buscar sempre o melhor.

Ação de Fanta, no programa Legendário para o público jovem. Arrebentamos Fanta Team!



O filme, produzido pela True Motion, é um remake do comercial em animação que vem sendo veiculado há algum tempo, porém a novidade fica por conta da participação de Marcos Mion e os Legendários que vivem a experiência de conhecer o mundo de Fanta.
A direção é da dupla Fepa Soares e Henrique Natalino e quem assina a fotografia é Walter Marinho, o Trança.

26 de abril de 2010

Lilás ou Roxo e suas nuances (Blogagem Coletiva)

Essa semana a cor escolhida para a Blogagem Coletiva é: lilás ou roxo e suas nuances. Bincadeira idealizada pela Glorinha. Então vamos lá....


"Amanhã
Outro dia
Lua sai
Ventania abraça
Uma nuvem que passa no ar
Beija
Brinca
E deixa passar
E no ar
De outro dia
Meu olhar
Surgia nas pontas
De estrelas perdidas no mar
Pra chover de emoção
Trovejar...
Raio se libertou
Clareou
Muito mais
Se encantou
Pela cor lilás
Prata na luz do amor
Céu azul
Eu quero ver
O pôr do sol
Lindo como ele só
E gente pra ver
E viajar
No seu mar
De raio."
(Lilás - Djavan)


E agora, um conto:

" Era uma vez uma tília, numa certa Primavera do norte, onde nasceram muitas princezinhas novas, todas iguaizinhas, filhas-folhas de faces verde-fresco e contrafaces verde-veludo-claro. Um dia o vento do sul trouxe-lhes dedos de carícias mornas e fez-lhe cócegas de ternura e brisas... Elas, as folhas-princezinhas, murmuraram risinhos soltos e deixaram-se apaixonar pelos segredos do vento. Sempre que ele chegava de mansinho, nos anoiteceres tardios de Verão, elas desabrochavam perfumes novos e soltavam-nos, como pétalas volantes, nos braços do vento doce, que as abraçava, amoroso e cúmplice, e lhes contava histórias do sul...


A mais linda história, porém, foi a que ele contou, uma certa noite sem luar, com todas as estrelinhas à escuta, tremeluzindo de emoção e curiosidade: o vento, incansável viajante, sabe coisas incríveis, fantásticas, de mundos tão distantes como os nossos sonhos! Por isso as folhinhas princesas tanto gostavam de conversar com ele! Nessa noite, então, ele contou-lhe duma certa princesa: Era uma doce flor de IPÊ ROXO que, certo dia, quis fugir do Outono que ameaçava condená-la às masmorras do chão frio, e voar para longe, para o mundo distante onde moravam o céu azul e o rei sol. Pediu então a ajuda do vento seu amigo. É claro que o vento, que tanto lhe queria também, não pode deixar de a ajudar... Com dedos de ternura e jeito, amparou-lhe o frémito de libertação da árvore-mãe, e levou-a , onde sempre, sempre, há riso de sonhos e beijos de raios de sol... A florzinha, vestida com o seu melhor vestido de princesa, aquele de seda roxo enfeitado de perfumes de pedras preciosas, sabia que lá iria encontrar o SEU raio de sol entre todos os raios de sol daquele reino encantado. E foi vestida assim, de roxo e perfumes, que ELE a achou... E o sol sorriu, o vento choramingou, o arco íris veio espreitar! Foi um encontro lindo, digno de todas as histórias de fadas e encanto!...

É claro que o vento, nas suas andanças irrequietas, teve que sair apressado... e nem ele mesmo sabe se a imagem daquele beijo que trouxe gravada, como a página final dum livro em que a legenda é: "...E viveram felizes para sempre...", ainda mantém as cores originais... mas o vento é crente, as folhinhas jovens da tília são sonhadoras e consta que a própria Primavera se enterneceu com essa história de amor e os fadou para serem felizes... afinal, na Terra do Sempre a Felicidade é sempre... para sempre."
(Tera Sá)

24 de abril de 2010

Uma imagem vale mais que mil palavras

Entrando na onda de responder algumas perguntas com imagens - proposta deixada por Felina em seu blog:

Quem eu sou:












O que me faz sorrir:









(imagem Cris Guerra)

O que me faz chorar:










Minha cor:










Melhor lembrança:









A música:







O filme:










 Meu pecado:







Minha vitória:








Cheiro:









Esporte:










Hobby:










Livro:










Bebida:










Minha frase:

Um sonho:

23 de abril de 2010

Salve, Jorge!



A mãe havia feito uma promessa, ao santo de devoção, São Jorge: se o menino nascesse forte e com saúde daria a ele o nome de Jorge. Promessa atendida e a mãe, prontamente, fez com que o menino atendesse pelo nome do Santo.

Jorge cresceu e morava em uma casa, em uma vila, na Zona Norte. O pai era carpinteiro e a mãe caixa de um supermercado.

Desde o nascimento de Jorge, o pai e a mãe abriram uma caderneta de poupança para que o menino quando terminasse o ensino fundamental pudesse estudar em uma escola particular, e depois, em uma faculdade. Todo o dinheiro ganho pelos dois, após pagar as despesas da casa era colocado na poupança. A família se permitia poucos luxos. Presentes, Jorge, ganhava apenas no aniversário e Natal, porém, o pai, carpinteiro dos bons fez para o menino uma espada de madeira que mais parecia trabalho de artesão.

A espada e Jorge eram amigos inseparáveis. O menino carregava a espada para qualquer lugar que fosse e em suas brincadeiras juvenis travava batalhas com seus inimigos imaginários. Sua espada era sua proteção.
À noite, Jorge que já estava com dez anos, ainda tinha certo receio de dormir com a luz apagada e não tinha dúvida desembainhava sua espada, e a colocava na cama ao seu lado, na eventualidade de algum inimigo imaginário teimar em atrapalhar-lhe o sono.

Talvez esse apego toda a espada fosse fruto das inúmeras vezes em que pediu para sua mãe contar-lhe a história do santo que deu origem ao seu nome. A mãe, pacientemente, sentava para contar-lhe a história:

- A história conta que existia um menino chamado Jorge, que quando ainda criança mudou-se para a Palestina com sua mãe, logo depois que perdeu o pai em um campo de batalha. Jorge entrou para a carreira militar ainda adolescente, pois como seu pai, era combativo e determinado. Em aos 23 anos tornou-se capitão do exército romano. Nessa época sua mãe faleceu e deixou para ele toda riqueza que possuía. Como era um homem de fé e não suportava a crueldade e a injustiça, distribuiu toda sua riqueza aos pobres.

Quando o Imperador de Roma percebeu que nada faria Jorge mudar de ideia ou negar sua fé, tirou-lhe a vida no dia 23 de abril de 303. Mais tarde, ergueram templos em sua homenagem.

- Ta, mãe, mas agora você pode contar a lenda de São Jorge também?

- Claro que posso... A lenda conta que um enorme dragão, cujo hálito venenoso, podia matar toda uma cidade e cuja pele, não poderia ser perfurada, nem por lança e nem por espada. E que todos os dias, o dragão exigia o sacrifício de uma bela donzela e que todas as meninas da cidade, haviam sido mortas, só restando à filha do rei, que seria sacrificada no dia seguinte. O Monarca, que nada pôde fazer para evitar esse horrível destino da filha, acompanhou-a com lágrimas até as margens do lago. A princesa parecia irremediavelmente destinada a um fim atroz, quando de repente apareceu um corajoso cavaleiro. Era São Jorge.

Ao encontrar a fera, Jorge a atinge com sua lança, mas esta se despedaça ao ir de encontro à pele do monstro e, com o impacto, São Jorge cai de seu cavalo. Ao cair, ele rola o seu corpo, até uma árvore de laranjeira, onde fica protegido por ela do veneno do dragão até recuperar suas forças.

Ao ficar pronto para lutar novamente, Jorge acerta a cabeça do dragão com sua poderosa espada Ascalon. O dragão derrama então o veneno sobre ele, dividindo sua armadura em duas.Uma vez mais, Jorge busca a proteção da laranjeira e em seguida, crava sua espada sob a asa do dragão, onde não havia escamas, de modo que a besta cai muito ferida aos seus pés e presa numa corrente, a fera é levada até dentro dos muros da cidade, entre a admiração de todos os habitantes.

Então o povo e o agradecido rei teriam se convertido ao cristianismo, ao ficarem sabendo que, o soldado Jorge, para que pudesse derrotar o monstro que já havia matado vários cavaleiros, antes de atacar o dragão, teria feito o sinal da cruz e invocado a ajuda de Deus.

Fontes:
www.casadobruxo.com.br
www.deldebbio.com.br
www.esoterico.terra.com.br

Fiz várias pesquisas sobre a vida de São Jorge e a lenda e pude perceber que são inúmeras as histórias, por isso, trascrevi aqui, aquelas com as quais mais me identifiquei.

Vale ressaltar, também, que não faço apologia a nenhuma religião, apenas presto nesse espaço uma homenagem a São Jorge.

21 de abril de 2010

Analogia

Ainda na onda do vermelho (blogagem coletiva)

 

Contou até vinte, lentamente. Inspirou e expirou, suavemente, outras tantas vezes. Precisava acalmar-se embora sentisse que uma revolução acontecia dentro de si.

A melhor metáfora para Ela, naquele momento era: um vulcão prestes a entrar em erupção. E sabe-se lá para onde espirraria as suas larvas.

Infelizmente, não havia nada que pudesse fazer. Não adiantava gritar, brigar, exigir, criticar, julgar. Queria fazer tudo, mas não podia fazer nada. Tudo e nada eram como ela, um pronome indefinido.

Se tinha aprendido algo, ao longo da vida era de que não devia tomar nenhuma atitude arrebatada pela emoção, pois era certo que se arrependeria depois.

Assim, mais uma vez, calou-se diante da covardia que arrepia, do silêncio baldio, da ousadia vazia, da palavra que ludibria, da gritaria como terapia.

Ela acompanhava tudo com olhar atento, assustado e envergonhado. Às vezes  precisava falar, mas, nesse momento,  o melhor era calar-se.

"Calar da maneira certa é deixar que uma voz mais profunda seja ouvida. A voz severa, a voz serena, a voz suave e firme da verdade."  

20 de abril de 2010

Tristeza


Há algumas semanas comprei um cordão, de aço escovado, e um pingente - uma menina. Um cordão simples mas que significava a pequena comigo, toda hora, em todos os lugares. Andava toda feliz com o cordão.

Hoje voltando do trabalho, desci do ônibus e me encaminhava para o sinal. A rua é estreita e dois meninos vinham em minha direção, de bicicleta. Eu estava passando em frente à faculdade que fica nessa rua. Normalmente a rua fica cheia de alunos, mas hoje estava meio vazia.

De repente sem que pudesse esboçar nenhuma reação, o menino que vinha à frente puxou o cordão do meu pescoço com rapidez e força. A minha única reação foi segurar o cordão, mas o pingente, infelizmente, não consegui salvar.

Passado um segundo  me dei conta do que acoteceu e fiquei parada, ali, na porta da faculdade...as pernas tremendo e os olhos cheios de lágrimas.

Começou a juntar gente e a fazer perguntas, mas nem eu mesma consegui explicar o que aconteceu. Foi tudo tão rápido e tão sem explicação. Era claro que o cordão não tinha nenhum valor material, apenas sentimental. O que me faz pensar, que foi apenas por maldade, para assustar.

Esse é o mundo em que vivemos e o mais triste em que nossos filhos vivem. Após o susto, e a tristeza, o que me restou foi agradecer por não ter acontecido nada mais sério ou grave.

"Mesmo quando tudo pede um pouco mais de calma..." (Paciência - Lenine)

19 de abril de 2010

Vermelho (Blogagem Coletiva)

Essa semana foi difícil escolher o post para a blogagem coletiva! Duas ideias distintas...qual postar? Ora que dúvida boba... as duas é claro!


A cor do meu batuque
Tem o toque, tem o som
Da minha voz
Vermelho, vermelhaço
Vermelhusco, vermelhante
Vermelhão...

O velho comunista se aliançou
Ao rubro do rubor do meu amor
O brilho do meu canto tem o tom
E a expressão da minha cor
Vermelho!...

A cor do meu batuque
Tem o toque, tem o som
Da minha voz
Vermelho, vermelhaço
Vermelhusco, vermelhante
Vermelhão...

O velho comunista se aliançou
Ao rubro do rubor do meu amor
O brilho do meu canto tem o tom
E a expressão da minha cor

Meu coração!...
Meu coração é vermelho
De vermelho vive o coração
Tudo é garantido
Após a rosa vermelhar
Tudo é garantido
Após o sol vermelhecer...

Vermelhou o curral
A ideologia do folclore
Avermelhou!
Vermelhou a paixão
O fogo de artifício
Da vitória vermelhou...

(Vermelho - Fafá de Belém - Composição: Chico da Silva)

 
 
 
Meu coração, não sei por que
Bate feliz quando te vê
E os meus olhos ficam sorrindo
E pelas ruas vão te seguindo
Mas mesmo assim
Foges de mim

Ah se tu soubesses como sou tão carinhoso
E o muito, muito que te quero
E como é sincero o meu amor
Eu sei que tu não fugirias mais de mim

Vem, vem, vem, vem
Vem sentir o calor dos lábios meus a procura dos teus
Vem matar essa paixão que me devora o coração
E só assim então serei feliz
Bem feliz

(Carinhoso - Pixinguinha)

16 de abril de 2010

Caminhos


Ela há muito caminhava e estava cansada, com sede, os pés doendo e o corpo reclamando do sol inclemente, mesmo após muitos frascos de protetor solar.

Decidiu parar um pouco para refrescar-se e descansar. No entanto, não podia demorar e ainda que o caminhar fosse lento era contínuo, constante e após vinte minutos de pausa retomou a caminhada.

Nesse longo trajeto percorrido, aos poucos, percebeu que a cada tantos quilômetros deixava algo pelo caminho. Se deu conta do quanto deixou para trás - coisas que não lhe serviam mais, os desapontamentos que vinham em pequenas medidas, mas que eram recorrentes, a saudade que por vezes dilacerava seu coração, pessoas que a magoaram e que a julgaram sem mesmo conhecer-lhe, a injustiça cometida a todo momento sem motivo, entre tantas outras mais.

A verdade é que sentia-se mais leve, afinal, tanto ficou pelo caminho. Despiu-se de sentimentos, pessoas, coisas, é claro que doía, mas sabia que era o melhor para si mesma.

Após todas essas constatações, finalmente, avistou o que aguardava durante todo aquele caminhar. Lá, à frente descortinava sobre seus olhos, a bifurcação. O momento tão aguardado chegou.

Diminuiu o máximo que pode, os passos, pois mesmo que o momento pedisse calma não podia parar de caminhar.

Seguindo, lentamente, a medida que a bifurcação se aproximava, um filme de sua vida passava e precisava decidir, independente de todas as incertezas que qualquer escolha carregava. Podia, simplesmente, continuar no caminho que seguira até então, ou se aventurar por um novo caminho. Os dois eram incertos, ainda, que o primeiro fosse velho conhecido.

Precisava apressar sua decisão, pois a bifurcação crescia à sua frente. Sentia-se insegura e com medo, mas não podia pensar nisso agora.

O momento chegou e teria que decidir por um ou outro caminho. E agora? - Falou em voz alta. O filme de sua vida corria como se alguém tivesse apertado a tecla avançar do controle remoto. Um frio percorreu sua espinha e quando viu já havia colocado o pé direito, no início do novo caminho.

Sim, tinha sido essa a sua escolha. Abandonou o caminho percorrido até então, e aventurou-se pelo novo com a genuína certeza de que dias melhores estavam por vir.

Delete e Arquive



Mensagem que eu recebi de uma amiga, hoje, e que achei bacana. Compartilho com vocês!

Obrigada, querida Aline, pelo carinho.

"Dentro de você, existem duas teclas poderosas: Delete e Arquive... use-as com sabedoria!

Delete:
Tudo aquilo que não valeu a pena, quem mentiu, quem enganou seu coração, quem teve inveja, quem tentou destruir você, quem usou máscaras, quem nunca chegou a saber exatamente quem você é...

Arquive:
As pessoas reais, ainda que virtuais, que cederam carinho, tempo, palavras, conselhos, a mão, o coração.
Pessoas que, de um jeito ou de outro, ajudaram você a ser um pouco melhor que te fizeram crescer em sabedoria, que te deram amor de verdade."

Não perca tempo em conflito;
Não perca tempo em dúvida, o tempo nunca pode ser recuperado e se você perder uma oportunidade pode levar muitas vidas até que outra apareça em seu caminho...Seja Feliz.............

Com carinho da amiga de longa data....bjks

14 de abril de 2010

Abra a janela



Corra a cortina, abra a grande janela envidraçada e a deixe escancarada. Debruce, delicadamente, sobre o parapeito e permita que seu rosto ultrapasse a parte interna do cômodo e fique exposto ao que acontece lá fora.

Feche seus olhos. Você sentiu uma leve brisa tocar, suavemente, o seu rosto? Sentiu-a brincando e acariciando seu cabelo? Sentiu o cheiro no ar? O aroma que as flores do seu jardim exalam?

Espiche os ouvidos e tente prestar atenção ao que a brisa quer te contar.

Deixe que ela sopre a felicidade e veja que bons ventos estão reservados para ti. Deixe que ela leve para longe, a saudade que parece ter gosto de eternidade, que alivie o seu cansaço. Deixe-se despir por ela.

Deixe sua alma aquietar-se. Deixe sua alma arejar!

Esta é a brisa que acompanhará seu destino. Guardará o passado, trará o presente e anunciará o futuro.

12 de abril de 2010

Azul (Blogagem Coletiva)



" Foi assim como ver o mar

A primeira vez que os meus olhos se viram no seu olhar

Não tive a intenção de me apaixonar

Mera distração e já era momento de se gostar

Quando eu dei por mim nem tentei fugir

Do visgo que me prendeu dentro do seu olhar

Quando eu mergulhei no azul do mar

Sabia que era amor e vinha pra ficar

Daria pra pintar todo azul do céu

Dava pra encher o universo da vida que eu quis pra mim

Tudo que eu fiz foi me confessar

Escravo do seu amor livre para amar

Quando eu mergulhei fundo nesse olhar

Fui dono do mar azul, de todo azul do mar

Foi assim, como ver o mar

Foi a primeira vez que eu vi o mar

Onda azul, todo azul do mar

Daria pra beber todo azul do mar"

(Foiassim como ver o mar - Roupa Nova)

10 de abril de 2010

Divertido e Emocionate

 
Quem tiver a oportunidade de assistir "Como treinar o seu dragão" não o deixe de fazer, pois terá uma grata surpresa.

Um filme para levar os pequenos, os nem tão pequenos. Um filme para a família curtir.

Confesso que fui com a expectativa de mais um filme infanto juvenil, mas nem por isso fui desanimada, pois gosto e algumas vezes curto até mais do que a pequena, mas este, especialmente, desde o início me surpreendeu.

Tiro o chapéu a DreamWorks. Um filme para rir, chorar, torcer com personagens cativantes, humor ácido, divertido, imagens lindas, trilha sonora gostosa e com sequências de cenas ótimas.

Claro que em 3D ajuda muito, embora, sejam poucas cenas com este recurso , mas vale colocar o óculos e aproveitar.

O filme ressalta a importância da amizade sem ser "piegas" e mostra o conflito de gerações.

Vale a pena assistir. Diversão garantida. É para sair do cinema com a alma leve.

"Berk é um vilarejo viking, lugar constantemente atacado por dragões. Seus habitantes aprendem, desde a adolescência, a matar os monstros e proteger a aldeia. Soluço, o filho franzino do chefe da aldeia, está na idade de fazer o treinamento sobre “como matar dragões”, mas algo inusitado acontece: ele encontra um “dragão da noite”, espécie mais temida pelos vikings, isolado na floresta, por não conseguir voar. É então que Soluço começará a estudar a espécie para ajudar o pequeno dragão, batizado de Banguela pelo menino. Neste processo, uma nova amizade surge e os planos de se tornar um viking matador vão por água abaixo."

8 de abril de 2010

O Grande Encontro


O Dia e a Noite eram conhecidos de longa data, porém poucas vezes se encontravam: no crepúsculo ou no ocaso.  Os encontros eram tão fugazes que nunca conseguiram conversar.

Diariamente, o Dia cedia gentilmente passagem para a Noite e esta abria delicadamente os braços para recebê-lo. Depois de tantos anos era natural que houvesse curiosidade entre eles e um encanto genuíno. Sempre que o Dia chegava ouvia atentamente tudo o que diziam sobre a Noite e vice-versa. A Noite ao cair espichava o ouvido a fim de escutar tudo que era dito sobre o Dia.

O Dia passou os dias a pensar em uma maneira de encontrar com a Noite, mas nada lhe ocorria. Não conseguiu encontrar uma maneira de fazê-lo, então decidido foi ao encontro do Deus Noti, seu guardião, e o consultou. Explicou que há muitos anos acalentava um desejo imenso de encontrar sua metade. Sentia um "desejo" profundo de ver, sentir e escutar a Noite.

O Deus Noti informou que analisaria a questão, e que teria que dividi-la com a Deusa Norbi, guardiã da Noite, mas prometeu que se empenharia pessoalmente em conseguir o encontro. Pediu ao Dia, apenas que aguardasse por mais alguns dias, pois precisava certificar-se de que aquele encontro não causaria confusão.

Os dias passavam e o Dia ficava cada vez mais apreensivo. Chegou até em alguns momentos, a imaginar Noti informando a ele que o encontro não seria possível, mas sempre que essa sombra de pessimismo o atacava elevava seu pensamento para a Noite.

O Deus Noti e a Deusa Norbi, após conversarem muito sobre o pedido, deliberaram a favor do encontro, porém com algumas precauções. Chamaram pelo Dia e expuseram de que forma o encontro se daria:

- O encontro aconteceria no momento em que a Noite estivesse se preparando para receber o Dia;

- O encontro duraria apenas trinta minutos a fim de não causar um caos no Universo;

- Dia e Noite foram informados que encontros com aquele poderiam acontecer apenas a cada cinco anos e que nas vezes subseqüentes ao encontro, tudo aconteceria como até então: Dia e Noite apenas cruzariam rapidamente um pelo outro.

O Dia prontamente aceitou todas as condições e pediu a Deusa Norbi que fizesse o convite a Noite. Esta que há muito tempo ansiava por aquele encontro aceitou prontamente.

Começaram os preparativos para aquele grande encontro. A noite mal cabia em si de tanta felicidade. Queria estar linda para quando o Dia a visse e arrumou-se belamente.  Os que não sabiam daquele encontro, apenas ficaram extasiados ao ver despontar no céu aquela encantadora lua clareado a Noite e refletindo a sua luz nas ondas do mar, e os enamorados aproveitaram a paisagem para com seus amados deitarem-se sobre a areia e contemplarem a linda Noite.

O momento tão sonhado chegou e a Noite avista lá ao fundo, o Dia caminhando em sua direção. Por alguns segundos perdeu por completo o ar. O Dia, por sua vez, caminhava lentamente, fitando atento a Noite. Aquele momento era tão especial que queria guardar cada detalhe.

O final da madrugada chegou e o encontro se deu. E ali, naquela pequena fração de tempo ficou claro para os dois que desde sempre estavam predestinados um ao outro. Sim, eram sinceros amantes. Trocaram juras, fizeram promessas e tiveram que se despedir. Ambos com lágrimas escorrendo.

O Dia ficou triste com a despedida, tanto, que todos mesmo sem saber presenciaram o derramar de suas lágrimas, através da chuva que teimou em cair durante todo aquele dia, mas por mais triste que estivesse sabia que daqui a cinco anos se reencontrariam e que enquanto esperasse teria aquele momento eternizado em sua memória e sua alma.

E a Noite podia ouvir o Dia cantando para ela:

6 de abril de 2010

Como as águas de um rio



Ela, mais uma vez, sentou-se à beira do rio para contemplar o curso permanente de suas doces águas. E imaginar que aquela vastidão nascia de apenas um pequeno filete. De tanto contemplar aquele velho rio percebeu que com o passar do tempo, ele mudava de nuance e tom.

Era possível perceber uma correnteza suave e tranqüila e sem obstáculos. Suas águas correndo, sem pressa, através de movimentos que sugeriam um minueto ritmado trazendo lembranças da infância.

Em outros momentos, essa mesma correnteza busca tortuosos atalhos, às vezes, com inútil esforço, mas é certo que suas águas correm vigorosas e em linha reta, ainda que com discreto bailado moderno, suavizando a rigidez do reto. Acudindo o presente.

Por outras vezes, essas mesmas águas correm lânguidas e vulneráveis e deságuam nas lembranças do passado como uma “salida” para trás.

Retomando o tom suave e tranqüilo, as águas prosseguem seu caminhar, entremeado de próximo e distante, com dois pra lá, dois pra cá, em um “valseado” seguro anunciando o futuro.

As águas desse rio - suave, vigorosa, vulnerável - são as águas que correm por tantos caminhos.

Um dia de caos

Hoje, todos devem estar acompanhando, os estragos ocorridos, em quase 24 horas de chuva ininterrupta, no Rio de Janeiro.

Na Zona Sul, lojas e supermercados fechados. Poucos carros e ônibus circulando. Todos em casa assustados. Os colégios suspenderam as aulas, os serviços públicos foram suspensos, vários bairros estão sem luz desde ontem, à noite e muitos tiveram a orientação de não irem para o trabalho.

Todos estão comentando que é a natureza mandando um aviso. Não discordo, mas é importante lembrar que em 24 horas choveu muito mais do que o esperado para 01 mês e não existe galeria, bueiro que consiga dar conta da quantidade de água despejada.

Deslizamentos de terra estão acontecendo em outras partes da cidade e muitas pessoas padecendo. Pessoas que desde ontem não conseguiram chegar em casa. A Defesa Civil é categórica: não saiam de casa.

Alguns estão comentando sobre como sediaremos Olimpíadas ou Copa do Mundo. Sinceramente, embora esteja atenta a tudo o que esses grandes eventos podem trazer para a cidade, o que me preocupa mesmo são as pessoas e o que estão passando. MInha família, meus amigos, pessoas que sequer conheço e que estão sofrendo muito com tudo isso. O resto é o resto.

Hoje, infelizmente,  é um dia de caos, na Cidade Maravilhosa.

Abaixo, fotos tiradas por amigos, hoje.

                                         Botafogo

                           Copacabana

                              Ipanema

                            Laranjeiras

                                Botafogo

                                 Humaitá

5 de abril de 2010

Não provoque (Blogagem Coletiva)


Se estiver na dúvida se posso ser bela ou fera, gata borralheira ou princesa: Não provoque!
"Eu posso ser o arrepio que o outono traz" ou quem sabe todas as estações...

Nas duas faces de Eva
A bela e a fera
Um certo sorriso
De quem nada quer...

Sexo frágil
Não foge à luta
E nem só de cama
Vive a mulher...

Por isso não provoque
É Cor de Rosa Choque
Oh! Oh! Oh! Oh! Oh!
Não provoque!
É Cor de Rosa Choque
Não provoque!
É Cor de Rosa Choque
Por isso não provoque
É Cor de Rosa Choque...

Mulher é bicho esquisito
Todo o mês sangra
Um sexto sentido
Maior que a razão
Gata borralheira
Você é princesa
Dondoca é uma espécie
Em extinção...

Por isso não provoque
É Cor de Rosa Choque
Não provoque!
É Cor de Rosa Choque
Não provoque!
É Cor de Rosa Choque
Por isso não provoque
É Cor de Rosa Choque

(Rita Lee)

4 de abril de 2010

Feliz Páscoa!

Desejo a todos os amigos que por aqui passarem uma Feliz Páscoa!

Que os ovos aqui ilustrados de forma tão colorida e alegre levem a todos o seu real significado: nascimento, Vida!

Sagrar-se


"Para viver um grande amor, primeiro é preciso sagrar-se cavalheiro e ser de sua dama por inteiro — seja lá como for. Há que fazer do corpo uma morada onde clausure-se a mulher amada e postar-se de fora com uma espada — para viver um grande amor.

Para viver um amor, na realidade, há que compenetrar-se da verdade de que não existe amor sem fidelidade — para viver um grande amor. Pois quem trai seu amor por vanidade é um desconhecedor da liberdade, dessa imensa, indizível liberdade que traz um só amor." (Vinícus de Moraes)

E alguém discorda que para se viver um grande Amor é preciso sagrar-se caveleiro de uma dama só? E que não existe amor sem fidelidade? E alguém discorda que os dois podem andar de mãos dadas?

1 de abril de 2010

O Cavaleiro



Quantas batalhas já vencidas e perdidas!

Quantas batalhas ainda por vencer e por perder!

Sua espada desbainhada, sempre pronta para o combate. Pronta para combater a força que teima em arrancar suas esperanças, a invídia que deseja apagar o seu sucesso.

Anda depressa ou devagar, pois é senhor do seu tempo.

Jamais trapaceia e é capaz de ouvir seu coração, surpreender. Aprendeu que o silêncio, muitas vezes, é necessário para deixar passar a tempestade, ultrapassar as dificuldades e seguir adiante.

Seu desejo é vencer, porém sabe que nem sempre conseguirá e entre vitórias e derrotas, alegrias e tristezas, ilusões e desilusões, ganhos e perdas sempre avante mantém seu olhar altivo e vívido.

Seu corpo é coberto por seu manto roxo que lhe é totalmente apropriado já que é nobre e distinto. Nobre d´alma e caráter. Não se deixa abater e mesmo que em algumas batalhas caia de joelhos, ainda assim, endireita seu corpo cansado e recomeça a luta.

Mesmo com tantas batalhas vividas, este cavaleiro, ainda, guarda dentro de si um menino.

Oração do Cavaleiro:
“Eu andarei vestido earmado, com as armas de São Jorge. Para que meus inimigos tendo pés não me alcancem, tendo mãos não me peguem, tendo olhos não me enxerguem, nem pensamentos eles possam ter para me fazerem mal.”

Canção do Cavaleiro:

"You can surrender
Without a prayer
But never really pray
Without surrender
You can fight
Without ever winning
But never ever win
Without a fight"
(Resist - Neil Peart - Rush)