30 de setembro de 2010

Separem o nariz de palhaço



É possível acreditar que o Tiririca deve ser leito deputado federal com aproximadamente um milhão de votos?

Abaixo parte da entrevista com o "candidato" Tiririca concedida a revista Isto É:

Isto É - Você vai responder a entrevista na condição de Tiririca ou de Francisco, seu nome de batismo?

Tiririca - Então, cara, o Tiririca é o Francisco e o Francisco é o Tiririca.

Isto É - Como surgiu a ideia de sua candidatura?

Tiririca - É engraçado. Recebi o convite do partido, o PR há um ano. Aí fui falar com a minha mãe e ela achou uma boa.

Isto É - Quem está bancando a sua campanha?

Tiririca - O partido.

Isto É - Quanto ela vai custar?

Tiririca - Uns R$ 3 milhões. A campanha está bem pra caramba, tem muito material, tem de tudo.

Isto É - No Congresso, você vai ser o Tiririca ou o Francisco?

Tiririca - Eu queria estar vestido de Tiririca, mas não pode. Pelo menos foi o que o pessoal da parte jurídica disse. O que pode é terno diferente, colorido, mas peruca não posso usar.

Isto É - Você vai ter paciência para política partidária, para trabalho formal no Congresso?

Tiririca - Já pensei nesse lance e acho que vou tirar de letra. Vai ser bacana mesmo.

Entrevista publicada na revista Isto É - Ano 34 - Nº 2132 - 22/Set/2010

Na minha opinião, o pior é um partido (uma entidade que deveria ser séria) escolher através de uma pesquisa (Tiririca apareceu em uma pesquisa com enorme potencial as urnas), o Tirirca para concorrer a um cargo público e gastar uma fortuna para bancar a campanha.

Separando o joio do trigo, certamente teríamos "candidatos" aptos e sérios que mereciam esse investimento.

Agora, meus amigos, tirem da gaveta o nariz de palhaço, pois o picadeiro está pronto.

27 de setembro de 2010

Selinho e carinho...


Ganhei este lindo selinho, de uma amiga recente, mas não por isso menos querida, a Celeste do Cantinho Cê.

Outro dia entrei no blog e me deparei com um texto maravilhoso: A importância de fechar a boca e abrir os braços. O texto mexeu tanto comigo, que eu imprimi a frase principal, que é o pano de fundo do texto e levei para casa afim de me lembrar sempre. “Quando uma criança está em apuros, feche a boca e abra os braços”!

Agora, vamos ao selinho! Preciso citar 10 coisas que gosto e depois indicar  amigos para receber o selinho.

1. Gosto muito de viajar, mas, infelizmente, ultimamente tenho viajado muito pouco;

2. Gosto de cozinhar mas sem obrigação. Normalmente vou para a cozinha no final de semana;

3. Gosto de família reunida;

4. Gosto muito de ir ao cinema e ao teatro;

5. Gosto de estar em contato com a natureza. Adoro montanha: muito verde e uma boa cachoeira;

6. Gosto de um banho de mar para dar uma reenergizada;

7. Gosto de vestir branco no Ano Novo;

8. Gosto de contemplar a paisagem sem pressa;

9. Gosto de finais de semana tranquilos sem quatrocentas coisas para fazer em apenas dois dias.

10. Gosto do carinho e das trocas que acontecem nesse mágico espaço. (Daniel completei - rs!)

Bom, agora tenho que indicar alguns blogs amigos:



Cacá - Uai Mundo?



Alexandre - Lost in Japan

É apenas uma brincadeira. Os indicados, aqui, fiquem, à vontade para não aceitar, ok?

Alimentando a criatividade

Um relato bem humorado de Elizabeth Gilbert, autora do livro Comer, Rezar e Amar. Ela conta um pouco a angústia do processo criativo e como amenizar. A expectativa e a pressão sobre o próximo livro, após o sucesso. Aqui não estou fazendo nenhuma crítica ao livro (que inclusive li).

Para todos àqueles que estão vivendo a aventura de escrever, acho que vale a pena ouvir.

24 de setembro de 2010

Dedique uma canção a quem você ama

 
Em cidade pequena é assim: uma única emissora de rádio FM, na qual todos os moradores sintonizam.

Sábado, sete horas da noite. Rádio ligado, sintonizado na Som Brasil.  Sandro Luis conduz com maestria o programa Good Times. Músicas nacionais e internacionais e o famoso Alô dos Ouvintes. Programa de maior audiência da rádio.

- Alô tem alguém na linha?

- Oi Sandro, aqui é a Paulinha. Tudo bem?

- Tudo bem, Paulinha. Você vai mandar um alô para quem?

- Sandro vou mandar para o meu namorado. O Cláudio que trabalha lá na padaria do Seu Antônio.

- Paulinha, agora é com você. Pode mandar o seu alô - diz Sandro.

- Cláudio, eu sei que você está ouvindo o programa e  também que vai me matar depois, mas não resisiti, meu Amor. Hoje, completamos seis anos de namoro e não encontrei maneira melhor de fazer uma homenagem. Não briga comigo não!

- Paulinha, você já conhece o programa?

- Claro, Sandro. Ninguém perde o seu programa.

- Obrigado. Então, você já sabe. Agora, dedique uma canção a quem você ama.

- Eu dedico a canção... Ih, Cláudio, a música é em inglês, mas eles fazem a tradução. Você vai entender. Bom, eu dedico a canção: "Wouldn't It Be Nice" do The Beach Boys. Sandro, me ajuda. Eu não sei se falei o nome certo. Cláudio, meu Amor, eu te amo!

- Pode deixar, Paulinha, eu entendi. Agora fiquem com mais uma canção do quadro: Dedique uma canção a quem você ama. 


(clique aqui para ouvir a música)

Não Seria Legal

Não seria legal se nós fossemos mais velhos?
Então nós não teríamos que esperar tanto
E não seria legal se vivêssemos juntos
Em algum tipo de mundo em que nós pertencemos

Você sabe que vai ser muito melhor
Quando pudermos dizer "boa noite" e ficar juntos

Não seria legal se pudéssemos acordar
Na manhã de um dia novinho em folha
E depois de termos passado o dia juntos
Ficaríamos abraçados a noite inteira

Tempos felizes temos passado juntos
Eu queria que todo beijo fosse interminável
Não seria legal?
 
Talvez se pensarmos, desejarmos, esperarmos e rezarmos
Isso se torne realidade
Então baby não teria nada que não conseguiríamos fazer
Nós poderíamos casar
E então seríamos felizes
Não seria legal?

Você sabe que quanto mais conversamos
Pior fica viver sem você
Mas vamos conversar
Não seria legal?
(Would't It Be Nice - Beach Boys)

Este post faz parte da blogagem coletiva proposta pelo Espaço Aberto!

23 de setembro de 2010

É Primavera, meu amor!


Qual a explicação para o amor de uma mulher por uma estação? Como explicar o meu amor pela Primavera? Eu não sei. Pensei nas flores. Pode ser, mas não é simples assim. Pensei no renascimento, no reflorescimento? Sim, também é isso, mas acho que tem mais coisa. Eu nasci, na Primavera! É verdade, mas também não é isso. Enfim, acho que são todas as coisas acima, e algo que apenas sentimos, mas que não consigo explicar: a tal da afinidade.

As estações do tempo remetem a vida e suas estações. Tudo intimamente ligado, um processo cíclico. Onde cada estação precisa da outra para que o ciclo se complete e seja reiniciado.

Fez-se Outono, tempo do ocaso. O descanso da semente. As folhas secas e cansadas formam tapetes amarelados, avermelhados, castanhos. Novas sementes são embaladas, pela maternidade dessa estação. Tudo é meio melancolia.

Fez-se Inverno, tempo de silêncio, recolhimento e reflexões. É a pausa necessária. O período de gestação, das sementes, dos sonhos.

Fez-se Primavera. É o renascer, é o colorido que se apresenta. Ganha-se uma nova roupagem. Ainda sonolentos, acordamos e voltamos a sonhar. O equilíbrio já que dias e noites tem a mesma duração. É o vento ameno que nos inquieta e nos convida a ação. É o convite à vida com mais entusiasmo, onde nos despimos dos tons sóbrios que nos acompanharam e saimos com pequenas margaridas a enfeitar nosso cabelo.

E o ciclo se fecha, quando faz-se Verão. Colhemos os frutos, plantados e crescidos. Onde dias são de alegria. O convite é feito pela felicidade e somos convidados a desfrutar, descansar.

"A Primavera chegará, mesmo que ninguém mais saiba seu nome, nem acredite no calendário, nem possua jardim para recebê-la."
(Cecília Meireles)

Texto inspirado em As Estações do Ano e da Vida

22 de setembro de 2010

À direita, à esquerda ou em frente?

- Everaldo, você tem certeza que é pra virar à direita?

- Claro que tenho, benzinho.

- Everaldo, acho que devemos seguir em frente. Não é pra virar à esquerda.

- Meu bem, fique tranquila. Estamos no caminho certo.

- Everaldo, nós já passamos por essa loja.

- É verdade, mas não se preocupe. Logo chegaremos.

- Everaldo, para esse carro, agora. Para!

- Rosa Maria que gritaria é essa?

- Everaldo, eu já falei pra parar o carro. Vamos procurar um posto de gasolina, um ponto de táxi e pedir informação.

- Rosa Maria, você acha que estamos perdidos? Era só o que me faltava.

- Não, Everaldo, eu não acho, eu tenho certeza. Eu vou ligar para a Cidinha e você fala com o PC.

- Rosa Maria, eu estou seguindo o mapa que a Cidinha te passou.

- Deixa eu ver esse mapa. Everaldo, esse mapa tá uma porcaria. Você acha que chegaremos a algum lugar com essas indicações?

- Rosa Maria, eu não entendo porque você está tão nervosa. Abre um pouco o vidro.

- Você tá louco que eu vou abrir o vidro, aqui, nesse lugar escuro e deserto. Nem morta. Fecha o seu vidro também.

- Tá bom, vamos ficar sufocados.

- Melhor sufocados do que assaltados.

- Everaldo, para o carro. Lá na frente, olha. Tem um posto de gasolina, vamos pedir informação.

- Rosa Maria, eu vou parar o carro, mas quero deixar registrado... Você está me ouvindo? Eu quero deixar registrado que você está fazendo tempestade em copo d' água. Eu vou pedir informação, mas não estamos perdidos. Eu sei o caminho.

- Tá Everaldo, eu entendi, mas mesmo assim para e pede a informação.

20 de setembro de 2010

Das Escolhas...



Eu cresci vendo a minha mãe fazer quadros em telas de tapeçarias. Com linhas de várias cores, ela ia bordando até que o desenho já impresso na tela ganhasse vida. Depois de pronto, olhávamos admirados a imagem, fruto da hábil mão que soube colocar, nos minúsculos quadros da tela, a linha apropriada.

As linhas estão para um quadro bordado, como as escolhas para a nossa vida. O que realça e desenha a nossa existência é um feixe de grandes e pequenas decisões que formam os quadrantes da nossa história pessoal.

A escolha é um privilégio natural que todo ser humano tem.  Nós sempre teremos escolha. Acontece que algumas escolhas trazem conseqüências com as quais não queremos conviver. Então, escolhemos o caminho menos custoso para nós mesmos e depois, num artifício psicológico criado para nos consolar e defender, dizemos: "desculpe, eu não tive escolha". Errado. Tivemos e sempre teremos escolhas diante de nós, o que nos falta é a coragem para assumir as implicações das escolhas mais difíceis, que nem sempre são as mais prazerosas.

Dada a importância central das escolhas para nossa vida, não seria óbvio que nós tivéssemos todo cuidado com elas? Não seria importante que aprimorássemos cada vez mais o processo de escolher a fim de produzir as melhores escolhas possíveis? Não faria sentido que tivéssemos um grupo de princípios diante de nós a partir dos quais nossas escolhas pudessem ser feitas?


Autor: Pr. Eduardo Pedreira

18 de setembro de 2010

Hoje é dia de festa!

Querida Glorinha, duas blogagens coletivas (que participei) conduzidas com maestria por você, só podia dar nisso: uma blogagem coletiva para comemorarmos o seu aniversário!

Fiquei pensando em como cheguei ao seu blog e me surpreendi por não lembrar, nem mesmo sei quando aportei o Tantos Caminhos para as suas tardes regadas a Café com Bolo, porém não deve fazer tanto tempo assim, pois não completei 01 ano de existência, mas também isso pouco importa. Cheguei e fiquei.

Confesso que no início fiquei um pouco "assim" com suas abordagens tão sinceras e polêmicas, mas gostei. Gosto de quem não manda recado, e os leva pessoalmente. São poucos os que fazem isso, mas cada um com seu cada um.

Aos poucos vamos descobrindo um pouco mais, e entendi que você respondia aos comentários, no próprio blog e passei a comentar e acompanhar o seu retorno.

Nossa mas que introdução toda é essa? É apenas para lhe dizer que embora muitos não acreditem que amizades através da tela do computador possam acontecer, eu descobri (pois também achava difícil) que acontecem sim, e que passam a fazer parte de nossas vidas, assim como os amigos que falamos e vemos com mais frequência, ou não, né, pois acho que passo mais tempo aqui com vocês - rs!

Tive a oportunidade de te conhecer pessoalmente, te dar um carinhoso abraço e ver que embora contundende nos argumentos e colocações, é extremamente carinhosa e gentil. E passei a gostar ainda mais de você.

Deixo aqui, nessas curtas linhas e nesse espaço, eternizado, e lançado para o Cósmos, os meus mais sinceros desejos para você: saúde, felicidade, sucesso, realização dos sonhos, amor, esperança, alegrias, muitos amigos, muitas linhas escritas, conquistas, viagens...

Que seu caminhar seja leve e repletos de flores, para que assim seus pés ao tocarem o chão não sintam tanto o impacto. Terás alegrias pelo caminho e provavelmente tristezas também, é inevitável, mas que essas sejam amenizadas pelo tapete de flores.

Um beijo e parabéns!

Meus amigos, agora, vejo vocês apenas na segunda-feira. Tenham um final de semana maravilhoso!

17 de setembro de 2010

Blogagem Coletiva - Sentimentos: Perdão

Fizemos uma verdadeira viagem ao longo dessas oito semanas. Viajamos por lugares alegres e coloridos, e, também por lugares sombrios, que talvez tenham ganhado um pouco de luz, já que acendemos o lampião para percorrê-los, mas acredito que tenha sido esse mesmo o intuito da Glorinha, do Café com Bolo, quando nos convidou para essa jornada.

Ao entrar no blog para saber o próximo sentimento, pensei: agora, lascou mesmo. O assunto até foi tema de discussão aqui em casa. Afinal perdoar é humano ou divino? Perdoar é absolvição para o perdoado ou para quem perdoa? O que significa realmente perdoar?

Então, tá, né. Vamos falar (ops, escrever) sobre Perdão.

Acho perdão uma palavra forte, prefiro a palavra desculpar, mas...

Perdoar ou desculpar é um ato de amor, mas para com nós mesmos. Acredito, sinceramente, que aquele que perdoa é o maior beneficiado. 

Quando eu perdoo é porque entendo que fizeram mal a mim, porém o agente pode achar que não fez ou não causou mal nenhum. E aí... quem tem razão? Será um discussão inglória e sem consenso.Sendo assim, como eu continuo achando que me causaram mal, quem carregará todos os sentimentos que vem à reboque, serei apenas eu.

Ouvi uma frase, há alguns anos atrás: "Perdoar é lembrar sem mágoas". 

Eu entendi o que essas palavrinhas juntas significam. Por algum tempo achei que uma pessoa havia me causado muito mal e carreguei ressentimento, mágoa, frustração, raiva, mas o Tempo, esse senhor de cabelos longos acinzentados e sábio, a medida que corre, nos mostra que somos merecedores e que recebemos tantas coisas boas e que nesse mesmo correr, as coisas perdem a importância e o significado que nós mesmos lhe demos um dia. Bingo! Vou falar de uma das minhas teorias: acredito que só conseguimos perdoar, de verdade, com o coração, quando aquele que nós achamos que nos causou mal deixa de ter importância, perde o significado. E isso não quer dizer que a pessoa ganhou uma passagem só de ida para a Groelândia ou sumiu do mapa.

No meu caso, a pessoa convive comigo  e quando eu a vejo, meu coração transborda carinho. Se precisar de mim poderá contar para o que der e vier e aí, a certeza de que eu perdoei mesmo e que não guardo mágoa alguma. Meu coração segue mais leve por ter se livrado de tantos sentimentos . Ué, mas esta pessoa não te causou mal? Sim, ou pelo menos eu assim achei, mas não tem mais importância, perdeu o significado, o que não quer dizer que passado tudo isso, eu não possa sentir carinho e ternura.

Agora, nem sempre é fácil perdoar e em alguns casos, leva muito mais tempo. Eu, ando me devendo o perdão, me devendo tornar meu coração mais leve, mas entendam, ainda estou em dívida comigo mesma. Ainda não perdoei, mas já dei alguns passos.

O Tempo, esse senhor sábio que acompanha a todos nós, está acompanhando meus passos e acho que  compadecido, tem se valido de um acelerador, e assim ajudado a fazer com que pessoas e situações deixem de ter a importância e o significado que um dia eu lhes conferi.

Hoje, já vislumbro lá ao longe, o final da estrada e sei que falta pouco para que eu chegue e que meu coração ganhe a leveza tão merecida.

Fui talhada em Amor e não em mágoa ou rancor!

Quero poder dizer, que minhas mãos carregam o perfume das flores que oferto, à todos que cruzaram o meu caminho e que porventura me magoaram ou me causaram mal. Sei que ainda não posso gritar isso aos quatros ventos, portanto, hoje, dou mais um passo, pequeno, mas firme e concreto e apenas "trago esta rosa para lhe dar".

É bem provável que a absolvição fique restrita ao meu coração, pois, talvez, mais difícil do que perdoar, seja dizer ao outro isso. Então, vamos combinar uma coisa: quando isso acontecer, guardarei em meu coração, mas jogarei para o Universo, a minha boa intenção esperando assim que você receba, as flores.

16 de setembro de 2010

Blogagem Coletiva - Amor

A Cíntia, do Meu Cantinho propôs a blogagem coletiva como forma de comemorar o 2º aniversário do blog e eu não poderia deixar de participar e comemorar com ela.

A pedido dela vamos espalhar Amor? Então, vamos falar de Amor!

Divido, aqui, com vocês uma das mais belas declarações de amor que eu já li:

"Você é não. Você não é tudo pra mim. Não é minha única causa nem minha única guerra. Seu nome não é o título da minha história. E meu silêncio não é propriedade exclusiva sua. Você não é meu único Carnaval. E não são apenas seus defeitos que me irritam. Não sou monoteísta para adorar um único deus. E não imagine que sua mão estaria sozinha para me socorrer. Meu vocabulário não se limita a seus adjetivos – existem mais sete maravilhas no mundo além de você...

Não são só suas sardas que tenho para contar. Você não é minha única adrenalina. E nem todos os componentes do meu Prozac. Você não é cada centímetro quadrado do meu chão. O amanhã acontecerá com ou sem você. Meu interesse não é restrito a suas polêmicas. Não só suas piadas me fazem rir. E seus ouvidos não são os cúmplices de todas as minhas confissões. Você é só uma das minhas vozes. Minha conta telefônica não vem obsessivamente com o seu número e no meu iPod existem 6 784 músicas além da nossa. Quando olho para o meu umbigo, não é você que vejo. Sua tristeza não é a única que me comove. E as pernas que me sustentam não são você. Não sou teleguiada, conheço muitos outros endereços além do seu apartamento. Seria prepotência achar que meus pensamentos são monopólio seu, você é só um dos sótãos em que me escondo. Você não é meu único álibi. Existem outras pessoas das quais também espero perdão. Você não é um compromisso onipresente na minha agenda. Outros elementos também compõem minhas fotos. Você sozinho não mata minha fome. E não sejamos hipócritas: há outras peles que me excitam e outros perfumes no ar além do seu. Você não é a único com 36,5 ºC. E não é apenas seu corpo que pode abrigar meu sexo. Você não é meu único vício.

E por não ser tudo isso, por ser uma entre tantas alternativas, você é meu não a todas as outras. Você é a escolha. Aquele a quem sou devota não por dever ou coerção. Meu sim a você é um exercício de livre-arbítrio praticado segundo a segundo. Sim a um contrato sentimental que nada distingue, separa, sobrepõe ou submete. Sim a uma política de boa convivência sem falsidades e sob todos os esforços. Sim àquele que me desperta a curiosidade de uma aprendiz e faz de mim um embrião a multiplicar e ser, a cada dia, uma nova pessoa e também a mesma. Sim a quem, quando me vejo na velhice, ainda espero ter para conversar. Um sentimento que existe não por dependência e nunca usado como moeda de troca. Peça fundamental no equilíbrio do meu caos.

Você é aquele por quem me arrisco a cruzar todos os limites da comodidade para tentar ser melhor. Você é aquilo que me falta dia a dia, que desejo e persigo. Obra em aberto que me inquieta e me encanta."

(Escrito por Samir Mesquita)

Porque eu não consigo imaginar como seriam os meus dias sem você e porque quando me lembro do tanto de tempo que passei sem você, imagino que minha obra estava inacabada, pois faltava um pedaço de mim. 

Do tanto que você demorou a chegar e do tanto que eu fiquei esperando, hoje, e, sempre, celebramos o nosso encontro. Um encontro de almas. De duas almas que vagavam buscando poder fundir-se em uma única. E assim tem sido nosso caminho, com espinhos? Sim, mas repleto de flores, cores e amores.

15 de setembro de 2010

Entre e fique à vontade - Final!


Ouviu a campanhia tocar e correu para abrir a porta. Era impressionante com as duas eram pontuais. (O texto inicial aqui).

As amigas, finalmente, chegaram. Esse era o momento mais aguardado do dia e ao mesmo tempo em que abria a porta, ia dizendo:

- Entrem, entrem e fiquem à vontade.

As duas caminharam até à mesa e ela, logo, foi puxando duas cadeiras para que as amigas ficassem bem acomodadas.

Depois de tantas tardes juntas, não havia mais cerimônia entre elas. Rapidamente, lembrou-se das primeiras visitas e de sentir um certo desconforto ante as duas, mas isso foi há meses atrás. Agora, ficava extremamente à vontade com elas.

E assim, as três permaneceram por um bom tempo, nenhuma palavra dita. Palavras eram desnecessárias. As duas a conheciam tão bem que com o passar do tempo, compreendiam-se apenas através do olhar. As três ficaram ali, tomando o café e saboreando o delicioso pão, até a hora em que as duas precisaram partir. Ela ainda fez um muxoxo e perguntou: Mas já? Não era preciso resposta. Elas precisavam ir.

Se despediram e ela gritou da porta: Espero vocês, amanhã!

A Dor e a Tristeza olharam para trás e apenas sorriram. É claro que amanhã voltariam, afinal, as duas haviam se transformado, nas suas melhores amigas.

Ela ficou parada, ainda com a porta aberta, vendo as duas afastarem-se e sentindo um enorme vazio.

Fechou a porta e foi arrumar a mesa. Novamente de volta à cozinha. Agora, precisava preparar o jantar, pois logo o marido e os filhos chegariam.

13 de setembro de 2010

Entre e fique à vontade!

O que no início era apenas uma visita esporádica com o passar dos meses tornou-se rotineira. Todos os dias passaram a ter o mesmo ritmo. Pela manhã, varria a casa, passava pano úmido no chão e com um flanela e um espanador tirava o pó dos móveis.

A casa e seus pertences eram simples, porém de bom gosto. Seus pais haviam se esmerado nos presentes de casamento, principalmente, na louça. Sua melhor toalha já estava separada e o jogo de chá também.

No início da tarde fazia da cozinha seu estúdio, e lá com maestria coordenava formas, batedeira, espátulas e os ingredientes que tomavam forma através de suas delicadas mãos. Para esta tarde decidira fazer uma receita de pão recheado e, literalmente, colocou a mão na massa. Enquanto preparava a massa, ligou o forno.

Colocou o pão para assar e foi tomar banho. Logo, suas duas convidadas chegariam.

Tomou um demorado banho, passou seu creme de corpo (ultimamente esta era a sua única vaidade), secou o cabelo com a toalha mesmo, colocou um vestido de algodão e uma sandália confortável. Suas convidadas não se preocupavam com sua aparência. Podia as receber de cara lavada mesmo.

O aroma do pão misturado ao tomate, ao alecrim e ao queijo, agora,  preenchia toda a cozinha e conseguiu arrancar de seus lábios, um discreto sorriso. Passou um café fresquinho e entre aromas foi arrumar a mesa.

Ouviu a campanhia tocar e correu para abrir a porta. Era impressionante com as duas eram pontuais.

Continua...
(amanhã , aguardem postarei a parte final do conto!)

12 de setembro de 2010

Os meus 7 sins da moda

A Giovana, do Bordados e Retalhos fez uma proposta diferente. Vamos falar sobre os 7 sins da moda. Ela me convidou para a brincadeira e eu entrei na roda, eu entrei na roda dança e vou ver se sei como se dança!

1. Adoro Pashiminas. Não sei se todos sabem, mas Pashimina é o
nome do tecido que deu origem as mantas do Ocidente.





 











2. Acessórios! Gosto de anéis, colares, pulseiras, mas não-tudo-ao-mesmo-tempo-agora dependendo do tamanho das bijus. 











  












 3. Essa é a participação da Pequena Bia. Ela adora Vestidos, principalmente, os de festa. E bijus!

















4. All Star, um verdadeiro vício. Se eu pudesse compraria um por mês, mas como não posso me satisfaço com os que tenho, e aos poucos, vou aumentando minha coleção.


5. Vestidos, mas para sair. Para trabalhar não me sinto confortável.













6. Blusa de algodão branca. Se pudesse 
também teria uma coleção.















7. Cor, muita cor! Decididamente sou colorida.


10 de setembro de 2010

Blogagem Coletiva - Sentimentos: Orgulho

Chegamos a sétima semana da blogagem coletiva proposta pela Glorinha, do blog Café com Bolo. Essa semana o nosso desafio é escrever sobre Orgulho.

Antes de iniciar é importante informar, aos caminhantes, sobre o tipo de Orgulho que servirá de argumento. Posso traçar a linha, levando o Orgulho pelo caminho da satisfação, realização ou pelo caminho mais sombrio, quando o sentimento é excessivo e transforma-se em vaidade, soberba, arrogância.

Como tudo nessa vida tem um motivo, sigo o caminho da Arrogância que leva o Orgulho para o lado negro da força e com a certeza, absoluta, que soberba e arrogância são dois adjetivos que não me cabem, que não fazem parte da minha essência (Ufa! Graças a Deus! Até que enfim, pois já escrevi sobre muitos defeitos meus por aqui).
A Arrogância que retrato não é a escancarada, a que se mostra tal qual é, mas aquela que o indivíduo tem, não assume que tem, muitas vezes nem acredita que possa ser tachado como tal, e tenta de todas as formas escamotear: na forma, na atitude, nas entrelinhas, mas a verdade é que pessoas que carregam esse adjetivo não conseguem esconder por muito tempo. A Arrogância grita, ele silencia. Ela grita mais alto, e ele abafa o som, mas chega um momento, em que nada consegue mascará-la. 

Para mim um exemplo clássico de Arrogância: o sujeito erra feio (se fosse apenas com ele, ainda vá lá) com outras pessoas, mas não assume de forma alguma. Pelo contrário se faz de vítima e faz com que todos o considerem como tal. Espera aí! Foi o sujeito que errou, que fique bem claro!

O arrogante cobiça, é verdade! Afinal de contas como alguém pode se achar digno de algo que apenas ele é merecedor, aliás ele é o único merecedor de qualquer coisa. Faça-me o favor, né!

O arrogante precisa controlar. Tem a necessidade de controlar as pessoas, as situações e o que mais passe por sua cabeça. É bem provável que com o passar dos anos queira controlar o tempo, o clima... Podemos arranjar uma vaga para o tipo, como controlador de tráfego. Imagine, quantas pessoas, ele poderá controlar. Será a glória.

O arrogante sempre sabe como resolver a situação dos outros, mas as suas próprias nem consegue definir o ponto de partida. Bate sempre nas suas próprias teclas!

No caso máximo da arrogância, enaltece suas qualidades, afinal tem tantas. É o melhor em tudo: melhor amigo (a), melhor marido (esposa), melhor filho (filha), melhor profissional, melhor amante. Os outros ficam no chinelo! Ele enaltece além do que cabe a uma determinada situação, pois afinal foi ele, o protagonista e protagonistas, sempre brilham.

E mente. O arrogante mente descaradamente e precisa, e consegue convencer à todos de sua própria mentira e com isso acaba por magoar aos outros e a si mesmo.

"Os arrogantes fazem guerra, matam, roubam, enganam e se justificam inventando um motivo nobre, como por exemplo, o Amor."

E você, conhece alguém arrogante?

(O texto contou com  pesquisa sobre o tema, mas é baseado em fatos, ou melhor, pessoas reais. E leva a restag do Twitter #faleitudooqueestavaengasgado).

7 de setembro de 2010

Impossível?


Andava por aí cabisbaixa que só. Seus sonhos insistiam em dar as mãos e trocar juras com o Impossível.

Um dia, já meio irritado, ouve-se uma voz lá no fundo:

- Impossível? - Ecoa a voz grave do Destino.

Ela sem graça cala-se e baixa os olhos.

Este sério, argúi:

- Impossível? De onde você tirou essa ideia? Quem  disse que seus sonhos são Impossíveis? Você é que em algum momento, os colocou na prateleira mais alta, os escondendo, como se buscando uma desculpa para não concretizá-los. Desce já com esses sonhos daí menina e vai ser feliz.

"Lá o tempo espera
Lá é primavera
Portas e janelas ficam sempre abertas
Pra sorte entrar

Tem um verdadeiro amor
Para quando você for"
(Vilarejo - Marisa Monte)

5 de setembro de 2010

Vida minha


A vida pode ficar muito pequena
quando olhamos para ela com
o olhar estreito.
O tédio acontece quando nos afastamos
da capacidade de nos encantarmos
com as coisas mais simples do mundo.
Porque para se estar aqui com
um pouco que seja de conforto na alma
há que se ter riso.
Há que se ter fé. Há que se ter
a poesia dos afetos.
Há que se ter um olhar viçoso.
E muita criatividade.
(Ana Jácomo)
 
 

3 de setembro de 2010

Blogagem Coletiva - Sentimentos: Felicidade

Entramos na sexta semana da blogagem coletiva proposta pela, Glorinha, do blog Café com Bolo. A viagem apresenta caminho ora difícil, ora cheio de cor e graça. E juntos, também, acabamos por desnudar nossa alma.

Embora o sentimento seja maravilhoso, essa semana, especialmente, será difícil. Para todos que por aqui passarem desejo felicidades, embora, o caminho às vezes seja difícil.

Vamos falar sobre felicidade, certo? E o que é felicidade? Felicidade é contentamento, é alegria, é pessoal e intransferível, é subjetivo. O que é motivo de felicidade para mim, para o outro pode não significar nada.

Felicidade pode ser atrelada a um acontecimento, a um momento, a uma conquista, um sonho realizado.

Poderia citar aqui vários momentos de muita felicidade como a experiência de ser mãe, o momento exato em que o pediatra coloca em nossos braços, nosso tão desejado e cuidado bebê. Sei lá, acho que um momento como esse, a palavra felicidade significa pouco.

Se pudermos graduar a felicidade em P, M, G e GG, a experiência de ser mãe entra na graduação máxima: GG.

A felicidade de adquirirmos nosso próprio teto. Graduação G, no meu caso embora tenha contado com a ajuda da família, o mês a mês sai apenas do meu bolso. Sensação de conquista, de vitória e claro, felicidade, mas hoje, vou contar para vocês algo que começou domingo passado.


Para os que não sabem, eu fumo. Parei por três anos, quando fiquei grávida da pequena, mas voltei a fumar. Então, desde o domingo passado decidi parar de fumar, porém resolvi fazer de forma gradativa. Fiquei com medo de ter um siricutico.

A decisão foi tomada por vários motivos, mas o principal, além da minha saúde, é por conta da minha pequena. Não está sendo nada fácil e essa semana fui colocada à prova de todas as maneiras possíveis, mas estou resistindo bravamente.

Segue abaixo o andamento da decisão:

Domingo: oito cigarros
Segunda: cinco cigarros
Terça: quatro cigarros
Quarta: três cigarros
Quinta: cinco cigarros
Sexta: cinco cigarros
Sábado: seis cigarros
(atualizado)

Para mim isso é motivo de imensa felicidade. A pequena me faz anotar dia após dias, a quantidade fumada e ao chegar em casa presto contas com ela. Ontem, estava triste pois a meta eram dois cigarros, mas fiquei nos cinco e ela me disse: mãe, não fica triste. Você está tentando e isso é o que importa. Sigo na luta, mas sei que vou conseguir.

1 de setembro de 2010

Carpe Diem


Entenda-se de qualquer forma. O fato é que a expressão, traduzida do latim, significa “colha o dia” ou “aproveite o momento”. O Carpe Diem é, sobretudo, uma filosofia de vida.

"Se você escutar bem de perto, você pode ouvi-los sussurar o seu legado. Vá em frente. Escute, está ouvindo? - Carpe - ouve? - Carpe, carpe diem, colham o dia garotos, tornem extraordinárias as suas vidas." Trecho de “A Sociedade dos Poetas Mortos”.

Ao amigo Hod. Tenho certeza de que você está em um bom lugar!

Lesquisito

 - Que lugar estranho! - exclamou.

Olhava ao redor sem entender muito bem. Tentava fazer um reconhecimento do lugar, mas sem êxito. Nada ali lhe parecia familiar.

Olhou para a sua direita e a surpresa foi tanta que soltou sem perceber: Oh! Esfregou os olhos como que para ter certeza. Sim, era isso mesmo, uma girafa, porém verde com manchas roxas espalhadas por todo o comprimento do corpo.

Mais à frente, e nova exclamação. Dessa vez, era uma árvore gigantesca. Dos seus galhos pendiam jujubas. Eram milhares de jujubas e ao seu redor espalhadas como folhas caídas pelo chão, mais e mais jujubas.

Meu Deus, que lugar é esse?

Olhou para cima e quase tombou tamanho foi o susto. O céu era azul, ainda bem, pensou, mas que nuvens eram aquelas? As nuvens eram de algodão-doce: rosa, azul, amarelo. Quase podia tocá-las.

Não é possível, uma coisa dessa?

Para cada lado que olhava mais coisas esquisitas encontrava. Do seu lado esquerdo, corria um rio, mas o que corria por ele não era água, eram flores. Flores de todos os tipos, de todas as cores, para todos os gostos.

Animais passavam correndo, cada um mais diferente do outro. Era um tal de bicho misturado. Viu um canguru com crina de cavalo. Como deveria se chamar aquele animal - “canvalo” - pensou sorrindo.

Caminhou mais um pouco e avistou algumas casas, mas as casas não tinham portas nem janelas. Qualquer um que passasse poderia perfeitamente ver o que se seguia no interior de cada uma.

É certo que até o momento não havia visto nenhuma pessoa e com passos miúdos foi se aproximando cada vez mais tentando espiar.

Ao se aproximar da primeira casa viu quatro pessoas. Pessoas? Não sabia como denominá-las. Eram todas bem pequenas e coloridas. Isso mesmo, coloridas. Cada uma com sua cor: verde, vermelho, branco e laranja.

Há essa altura começava a acostumar-se com todas aquelas esquisitices. Tanto que ao passar pela segunda casa, não estranhou que as duas pessoas (seres, dois, sei lá como chamar) fossem imensas com pelo menos uns 3 metros de altura e quatro pernas cada um.

Achou melhor apressar o passo e notou curiosa que presos as árvores haviam relógios, mas sem ponteiros. Ué, pensou, mas logo desistiu. De certo naquele lugar hora nem existia.

Quando pensou que nada mais espantaria enganou-se. Na porta da última casa, uma leoa e um coelho tomavam chá e conversavam animadamente.

Não, disse para si. Isso tudo é muito estranho. Um lugar assim não existe.

Resolveu beliscar-se, tal qual fazemos algumas vezes para termos certeza se estamos acordados ou sonhando. Beliscou-se pela segunda vez e dessa vez imprimiu um pouco mais de força.

- Aí, gritou no mesmo instante em que acordava.

Depois de alguns segundo, exclamou: ufa! Então era isso, um sonho.

Depois de mais alguns segundos, pensou: - Mais ou menos, ufa, pois começava a gostar daquele lugar.

Nesse lugar esquisito flores enfeitavam o caminho, os vestidos e os destinos.

Nota: o título do post foi dado pela pequena Bia. Ela perguntou se já tinha um título e eu disse que não. Então, ela prontamente o fez. Vai se chamar Lesquisito (legal + esquisito). Fez sentido!

P.S: A pequena Bia está toda prosa com os comentários citando a ideia dela para o post. 

Texto publicado, em janeiro 2010