29 de maio de 2011

Pensamentos soltos

"Vamos deixar para sofrer pelo que é realmente trágico, e não por aquilo que é apenas um incômodo, senão fica impraticável atravessar os dias."
 Martha Medeiros

27 de maio de 2011

Enfim férias...




Vou fugir
pelos atalhos do sol
num cavalo provisório
com asas de andorinha
e alma de ventania

Vou voar
fora de horas
sem esperar pelas manhãs
nem mostrar identificação
sempre que precisar cruzar
o portal branco das marés

Nos campos secretos do verão
enterro no sal das areias
a rotina turva da gaiola
e as feridas de árduas batalhas
reclamando a minha parcela de liberdade.
 
(autor desconhecido)

25 de maio de 2011

Explicação

Amigos não tenho conseguido dar atenção a esse espaço como gostaria, mas sempre que possível faço algumas visitas e faço alguns posts porém muitas pessoas tem chegado até o blog e passam a segui-lo, e eu não consigo retribuir as visitas.

Sendo assim, achei por bem fechá-lo e convidar apenas os bons amigos para acompanhá-lo. Dessa forma acredito que poderei fazer as visitas aos blogs que tanto gosto.

Desde que criei o blog não pensei em quantidade de pessoas, mas isso é inevitável. Agora, fico apenas com os amigos muito queridos que fiz nesse espaço e desejo manter.

Um grande beijo
Isa

É amor...



"Amor é reconstrução. É ritmo. Pausas. Desafinos. E desafios. Demorei anos pra concordar com meu querido Cazuza: “eu quero um amor tranqüilo, com sabor de fruta mordida”. Antes, ao ouvir essa música, eu sempre pensava (e não dizia): porra, que tédio! Ah, Cazuza! Ele sempre soube. Paixão é para os fracos."
Fernanda Mello
 
 

23 de maio de 2011

Quando a luz dos olhos seus...



Maria José desde criança carregava consigo um olhar cinza, duro e triste. Nasceu no interior de Pernambuco e morava com os pais e mais quatro irmãos, em uma casa de apenas três cômodos.

Os pais e os dois irmãos mais velhos eram bóias-frias. Ela ficava em casa cuidando dos menores. A vida era miserável e muitas vezes o que restava para comer era farinha torrada.

Os anos passaram e pais e filhos iam para a lavoura. O que recebiam mal dava para o sustento da família. Quando passou a receber seu dinheiro, uma parte destinava a ajudar em casa e outra parte guardava, em uma lata de leite. Tinha um sonho: ir para a cidade grande, largar aquela vida miserável e quem sabe passar a ter um olhar menos cinza entristecido.

Uma tia trabalhava em uma casa de família, no Rio de Janeiro, e com o consentimento dos pais escreveu para a tia perguntando se ela poderia lhe oferecer moradia até que conseguisse um emprego. A tia que vivia sozinha, em uma pequeno casa no subúrbio aceitou receber a sobrinha. E com dezesseis anos, Maria José despediu-se dos pais e dos irmãos e veio tentar a sorte na cidade grande. Carregava consigo um olhar cinza chumbo entristecido.

Mal sabia ler e escrever, mas estava decidida a arrumar um emprego e estudar. Foi ao chegar, ao Rio de Janeiro, que a perspectiva de seu olhar começou a transformar-se. Ainda carregava o olhar cinza entristecido, mas agora, era de saudade dos pais e dos irmãos.

Por sorte, logo conseguiu um emprego como auxiliar de limpeza, em um supermercado e com o dinheiro que recebia conseguiu cursar, à noite, o supletivo e ainda mandar um pouco para seus pais.

Em um ano e meio concluiu o ensino médio e foi promovida. Passou a atendente, na padaria, do supermercado. O salário melhorou e com isso, a quantia enviada todos os meses para os pais. O olhar andava ainda mais cinza entristecido, pois a saudade era grande e dessa vez sonhou mais alto: trazer toda a família para o Rio de Janeiro.

No supermercado conheceu Zé Carlos que trabalhava como subgerente e este arrebatou seu coração. O primeiro e único amor de toda a sua vida. O rapaz era de origem humilde, mas muito respeitador e fez questão de ir à casa da tia da Maria José pedir-lhe em namoro. A Tia consentiu e os dois namoravam sentados, no sofá da sala vendo televisão.

Tomada pelo encanto e completamente enamorada, o olhar cinza entristecido, de Maria José transformou-se em um lindo arco-íris: verde esperança que logo virou vermelho paixão que passeava com o amarelo felicidade, e, que com o passar dos meses rumou para um rosa amor, de mãos dadas com o azul calma culminando com o olhar branco de paz.

Toda essa paleta era por causa de Zé Carlos? Sim e também. Em um ano se casaram e alugaram uma casinha perto da Tia. O noivo sabendo do sonho de Maria José de reunir toda a família, não se fez de rogado e trouxe todos para o casamento.

Depois todos voltaram? Não. Os dois alugaram uma casa por perto, também, para toda a família e em pouco tempo os dois irmãos mais velhos já estavam empregados e as duas menores estudando. O pai que não era homem de ficar em casa arrumou uns biscates. Todos viviam com sacrifício, mas a vida, sem dúvida, se apresentava bem melhor e Maria José que desde cedo carregava olhos cinza entristecidos nunca mais os reconheceu.

19 de maio de 2011

Alimento para alma


Outono, 18 de maio de 2011
"Folhas secas, já cansadas,
descem da copa das plantas.
Tecem tapetes de fadas,
modelam compridas mantas.

Essas folhas já sem vida
vão enfeitando a paisagem,
deixando na despedida
só caminhos de romagem (...)"
Mário Catarino


Foto tirada, ontem, por mim no final da tarde. Com uma paisagem como essa não importa a habilidade de quem tira a foto. Uma vista assim é um descanso e um alimento para alma.

14 de maio de 2011

Constatações - II

 "Trago lágrimas, sorrisos, histórias, abraços... trago momentos felizes, momentos de decepção. Carrego pessoas, amores e desamores, amigos e inimigos, desafetos, paixões... Não sou um livro aberto, mas também não tão fechado que você não consiga abrir, basta ter jeito, saber tocar as páginas, uma a uma, e descobrirá de que papel é feito cada uma delas."

(Caio Fernando Abreu)

10 de maio de 2011

Como nasceu a chuva


O dia despontava ainda tímido e preguiçoso é verdade e na floresta silenciada pela noite ouviam-se os primeiros sons: o coaxar dos sapos, o canto dos pássaros, o farfalhar das folhas das árvores. No instante seguinte percebia-se que a floresta acordara para mais um dia, porém, aquele dia não era como qualquer outro, mas, sim, um dia especial. Um dia de contar estória e hoje, o narrador convidado é o Vento.

Pouco a pouco toda a floresta estava atenta, a narrativa que logo iniciaria. Vamos acompanhar a estória soprada pelo Vento?

O Vento começou a soprar e fez uma pergunta ecoar: Vocês sabem como nasceu a Chuva? Silêncio. A Chuva que lá estava ficou emocionada, pois nunca imaginou que sua estória seria soprada.

Então anunciou o Vento, atenção, pois vou começar.

Há muito tempo atrás, as nuvens viviam a brincar no céu. Eu as soprava para lá e para cá e elas, em um bailado delicado ficavam a rodopiar. Eram nuvens de todas as idades, todas bem branquinhas.

As nuvens mais velhas recolhiam-se mais cedo para não serem castigadas pelo sol, porém as nuvens mais jovens corriam soltas pela vastidão do céu.

Nessa brincadeira inocente de bailar para lá e para cá, Angélica e Rafael (sim, na nossa estória as nuvens tem nome) sem perceber trombaram e pequenos flocos se entrelaçaram. Um tenta chegar para o lado, o outro tenta espichar. Tudo na esperança de desenlaçar. E no meio dessa dança descompassada, começaram a gargalhar. E agora como iriam se soltar? Nesse mesmo instante começaram a se observar. Foi amor à primeira vista posso lhes assegurar.

Ali entrelaçados começaram a jurar que sem o outro não iriam mais caminhar, mas eu que assistia tudo de longe - explicou o Vento - vendo aquela confusão não tive dúvida e pus-me a soprar, soprar bem forte até desenlaçar. Continuei a soprar e sem querer Angélica e Rafael começaram a se afastar, e tão depressa que Rafael foi esvaecendo sem que Angélica conseguisse alcançá-lo.

Quando Angélica percebeu Rafael havia sido levado para longe e a única coisa que conseguia ver era um pequeno floco branco.

Rafael gritou bem alto para que a pequena nuvem pudesse escutar: Não se preocupe, eu vou voltar. Deixe apenas a ventania abrandar. Espere por mim.

Angélica com os olhos arregalados e assustada não conseguiu ouvir e a única coisa que passava pela sua cabeça era que nunca mais veria Rafael. Seu coração inundou-se de tristeza e seus flocos tomados pela dor , sem que percebesse encheram-se de gotículas de água e trasbordaram e todos sem entender viram a água cair do céu.

O Vento silenciou e junto com ele toda a floresta, porém logo anunciou: Eu não vim até aqui contar estória triste. Vamos ao final.

A Chuva nasceu da tristeza de Angélica, porém minutos depois, eu compreendi o que aconteceu e parei de soprar e assim, Rafael em um bailado alegre voltou rodopiando. Tomou Angélica nos braços e a beijou.

Querem saber como essa estória terminou? E foram felizes para sempre.

Como nasceu a chuva



O dia despontava ainda tímido e preguiçoso é verdade e na floresta silenciada pela noite ouviam-se os primeiros sons: o coaxar dos sapos, o canto dos pássaros, o farfalhar das folhas das árvores. No instante seguinte percebia-se que a floresta acordara para mais um dia, porém, aquele dia não era como qualquer outro, mas, sim, um dia especial. Um dia de contar estória e hoje, o narrador convidado é o Vento.

Pouco a pouco toda a floresta estava atenta, a narrativa que logo iniciaria. Vamos acompanhar a estória soprada pelo Vento?

O Vento começou a soprar e fez uma pergunta ecoar: Vocês sabem como nasceu a Chuva? Silêncio. A Chuva que lá estava ficou emocionada, pois nunca imaginou que sua estória seria soprada.

Então anunciou o Vento, atenção, pois vou começar.

Há muito tempo atrás, as nuvens viviam a brincar no céu. Eu as soprava para lá e para cá e elas, em um bailado delicado ficavam a rodopiar. Eram nuvens de todas as idades, todas bem branquinhas.

As nuvens mais velhas recolhiam-se mais cedo para não serem castigadas pelo sol, porém as nuvens mais jovens corriam soltas pela vastidão do céu.

Nessa brincadeira inocente de bailar para lá e para cá, Angélica e Rafael (sim, na nossa estória as nuvens tem nome) sem perceber trombaram e pequenos flocos se entrelaçaram. Um tenta chegar para o lado, o outro tenta espichar. Tudo na esperança de desenlaçar. E no meio dessa dança descompassada, começaram a gargalhar. E agora como iriam se soltar? Nesse mesmo instante começaram a se observar. Foi amor à primeira vista posso lhes assegurar.

Ali entrelaçados começaram a jurar que sem o outro não iriam mais caminhar, mas eu que assistia tudo de longe - explicou o Vento - vendo aquela confusão não tive dúvida e pus-me a soprar, soprar bem forte até desenlaçar. Continuei a soprar e sem querer Angélica e Rafael começaram a se afastar, e tão depressa que Rafael  foi esvaecendo sem que Angélica conseguisse alcançá-lo.

Quando Angélica percebeu Rafael havia sido levado para longe e a única coisa que conseguia ver era um pequeno floco branco.

Rafael gritou bem alto para que a pequena nuvem pudesse escutar: Não se preocupe, eu vou voltar. Deixe apenas a ventania abrandar. Espere por mim. 

Angélica com os olhos arregalados e assustada não conseguiu ouvir e a única coisa que passava pela sua cabeça era que nunca mais veria Rafael. Seu coração inundou-se de tristeza e seus flocos tomados pela dor ,  sem que percebesse encheram-se de gotículas de água e trasbordaram e todos sem entender viram a água cair do céu.

O Vento silenciou e junto com ele toda a floresta, porém logo anunciou: Eu não vim até aqui contar estória triste. Vamos ao final.

A Chuva nasceu da tristeza de Angélica, porém minutos depois, eu compreendi o que aconteceu e parei de soprar e assim, Rafael em um bailado alegre voltou rodopiando. Tomou Angélica nos braços e a beijou.

Querem saber como essa estória terminou? E foram felizes para sempre.



6 de maio de 2011

O meu amor pelos livros. E o seu?

Não sei ao certo com quantos anos mas ainda pequena, minha mãe me presenteou com duas coleções maravilhosas e que fizeram parte da minha infância/adolescência. Se vocês me perguntarem qual a série, eu comecei a ler primeiro, confesso que não lembro.

O que lembro muito bem é que devorei as duas séries e minha mãe ficou louca tentando encontrar livros novos. Toda semana eu ganhava um livro. Eram pequenos e finos e assim, eu lia rapidamente.

Assim começou esse meu grande amor pelos livros, e, ainda hoje, passados alguns anos (ok, vários anos) esse amor me acompanha e cresce fazendo com que minha casa abrigue muitos livros dos quais não tenho coragem de me desfazer ou passar adiante.

Brinco que quando eu estiver velinha sentarei em uma confortável cadeira e passei horas e horas relendo os livros que marcaram algum momento da minha história.

O início de tudo:

A Turma do Posto 4: série infanto-juvenil protagonizada por uma turma de amigos: Lula, Príncipe, Pavio-Apagado, Cidinha e Carlão. Juntos, essa turma de Copacabana desvendavam os mais complicados mistérios.






Outra série infanto-juvenil. A protagonista da história era uma menina chamada Eloísa, que morava com os pais em uma fazenda no interior de São Paulo. Junto a outros amigos, da fazenda, formavam a Patota da Coruja de Papelão e desvendavam os mistérios da pequena cidade.

Qual foi o livro que deu início ao seu amor pelos livros? Se vocês quiserem fazer um post contando a sua história é só encaminhar um e-mail para: tantoscaminhos09@yahoo.com que terei o maior prazer em publicar aqui.

Ou se você preferir nos conte através dos comentários. Vou adorar ler a sua história.

Um beijo

3 de maio de 2011

Mãe você é...

Essa Coca-Cola toda para mim!!!

Minhas amigas mães acho que vocês vão gostar do vídeo abaixo.

Emocionante! Repasso, aqui, essa pequena homenagem a todas as mães.

Mãe, você sabe que você é a minha Coca-Cola toda!!!