Amar é como soltar as amarras e partir com as velas desfraldadas rumo a águas desconhecidas
6 de abril de 2012
11 de março de 2012
O Jarro do Amor
Imaginemos a cena: uma mesa arrumada com uma linda toalha branca de renda e sobre ela, uma bandeja de prata com um belo jarro de cristal e alguns copos dispostos (cada um pode imaginar a quantidade de copos que desejar).
O conteúdo desse jarro: Amor. Um jarro que transborda Amor.
Podemos ao longo de nossa vida servir apenas um copo e dele bebermos por todos os dias de nossas vidas.
Podemos, também, servir um copo, bebermos dele por muito tempo e vermos, um belo dia, que o conteúdo depositado nele, simplesmente, acabou. Nós o bebemos até a última gota, nós saboreamos cada gole, mas um dia nos sentimos saciados. Então o que fazemos?
Servimos um outro copo e podemos ao servir esse segundo copo, dele bebermos por todos os demais dias, ou recomeçarmos tudo novamente.
Nós somos como um jarro que transborda Amor.
17 de fevereiro de 2012
Não me leve a mal, hoje é carnaval
Máscara Negra
Quanto riso! Oh! quanta alegria!
Mais de mil palhaços no salão.
Arlequim está chorando
Pelo amor da Colombina
No meio da multidão.
Mais de mil palhaços no salão.
Arlequim está chorando
Pelo amor da Colombina
No meio da multidão.
Foi bom te ver outra vez,
Está fazendo um ano,
Foi no carnaval que passou.
Eu sou aquele Pierrô
Que te abraçou e te beijou meu amor.
Na mesma máscara negra
Que esconde o teu rosto
Eu quero matar a saudade.
Vou beijar-te agora,
Não me leve a mal:
Hoje é carnaval.
Está fazendo um ano,
Foi no carnaval que passou.
Eu sou aquele Pierrô
Que te abraçou e te beijou meu amor.
Na mesma máscara negra
Que esconde o teu rosto
Eu quero matar a saudade.
Vou beijar-te agora,
Não me leve a mal:
Hoje é carnaval.
11 de fevereiro de 2012
O que encanta meus olhos...
Fotos Isadora |
Fotos Isadora |
Fotos Isadora |
Fotos Isadora |
Fotos Isadora |
Fotos Isadora |
"A gente sempre deve sair à rua como quem foge de casa, como se estivessem abertos diante de nós todos os caminhos do mundo.
Não importa que os compromissos, as obrigações estejam ali...
Chegamos de muito longe, de alma aberta e coração cantando!"
(Mário Quintana)
10 de fevereiro de 2012
Às vezes...
Às vezes, a única coisa que devemos fazer é colocar no colo, envolver em um abraço bem apertado e seguro e permanecer em silêncio.
Tem poder curativo...
15 de janeiro de 2012
Microconto
Dessa vez era uma carta curta, bem diferente de tantas outras que havia escrito. Já tinha escrito tudo o que guardava no coração e na alma exaustivamente. Talvez tenha sido repetitiva, mas o que o coração guarda são lembranças repetidas de momentos finitos.
Olhava para o papel preenchido de letras, sentimentos, cores e aromas. Ficou surpresa em como foi sucinta. Dessa vez não houve rodeios ou floreios. Talvez o assunto tenha se esgotado, ou, ela estava esgotada.
Dobrou o papel delicadamente e pegou o envelope carmim. Até a escolha do papel e do envelope eram teatrais. Pensou: por que tanta dramaticidade? Desde sempre foi assim: uma sucessão de exageros.
Tudo tem uma medida, e, ela por diversas vezes exagerou, não é à toa que que se erramos a medida, o bolo desanda, o tempero fica picante, a comida fica salgada.
Pegou a carta, a bolsa mas por um minuto ficou parada perto a porta. Aquele minuto em que uma mudança de rumo pode alterar toda a história. Deu meia volta e foi até a biblioteca. Tirou um livro da estante e colocou a carta dentro.
Aquela carta não seria enviada. Chegou a conclusão que era uma carta para si mesma e que desse momento em diante não erraria mais a medida. Nada de exagero ou escassez, apenas a medida exata.
11 de janeiro de 2012
Gentileza sempre gera Gentileza
Compartilho com vocês um dos vídeos mais bonitos que já vi nos últimos anos.
Um mundo assim seria maravilhoso!
Um mundo assim seria maravilhoso!
4 de janeiro de 2012
A arte de esperar
Uma amiga (blog Mulher de Fases) compartilhou esse texto do Antônio Prata e ao ler, o mesmo caiu como uma luva. Imagino que assim como para mim, o texto trará igual sensação.
O bem mais valioso de nossa época não é o diamante nem o petróleo, a fórmula da Coca-cola ou o sorriso da Natalie Portman: é o tempo. Obedecendo à lei da oferta e da procura, quanto mais escasso ele fica, mais caro nos é. A seca temporal é geral e irrestrita, tão democrática quanto a calvície, a saudade e a morte: eu não tenho tempo, você não tem tempo, o Eike Batista não tem tempo, o cara que está vendendo bala no farol, em agônica marcha atlética para recolher os saquinhos dos retrovisores, antes que abra o sinal, também não tem.
Como vocês devem saber, o principal sintoma desta doença crônica – sem
trocadilho - é a ansiedade. Toda manhã, flagro-me aflito, escovando os
dentes, com pressa. Vejo-me batendo os pés no hall, enquanto o elevador
não chega. Até o segundo que o cursor do celular leva para piscar, num
SMS, permitindo-me digitar outra letra da mesma tecla, deixa-me
exasperado.(...)
(...)Há quem diga que a culpa é da melhora das
comunicações e, consequentemente, do envio de dados. Com a informação
viajando tão rápido, desaprendemos a arte da espera. Antigamente,
aguardar era normal. Estávamos sempre esperando alguma coisa chegar. Uma
carta, pelo correio. Um disco, do exterior. Uma foto, um texto ou um
documento, via portador. Esses hiatos eram tidos como normais, uma
brecha saudável, pausa para o cigarro ou o café, a prosa, a leitura de
uma revista, o devaneio, a conversa na janela, a morte de bezerra. Hoje,
não. Tá tudo aqui, e, se não está, nos afligimos. Queremos o pássaro na
mão E os dois voando. Por que é que ainda não trouxeram esses dois que
tão no céu, diabo?! Já não era melhor ter pego logo os três, de uma vez,
otimizando custos e esforços?
Enquanto não descobrimos a
cura para este mal, a única saída é aprender a lidar com ele. Há que
cercar com muros altos certas horas do relógio, para que nada as possa
roubar de nós. Fazer diques de pedra em torno da hora de ficar com nosso
amor, da hora de trabalhar no projeto pessoal, da hora do esporte, de
ler um livro, encontrar um amigo. Mesmo assim, vira e mexe, vêm as
obrigações, como um tsunami, ou os eventos sociais, como meteoros, e
derrubam as barragens. Não há nada a fazer, senão reconstruir os muros,
ainda mais fortes do que antes.
Você sente a mesma coisa, ou
sou só eu? Talvez seja só eu. Quem sabe, numa manhã de terça-feira, lá
por 1998, eu tenha perdido a hora, para nunca mais a encontrá-la?
Ficarei assim, trinta minutos atrás do resto do mundo, tentando
alcançá-lo, ininterruptamente, como quem corre atrás de um trem, até o
fim dos tempos. Será que foi isso?
(Antonio Prata)
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