31 de outubro de 2010

Você já pensou em esquecer um livro? Atualizado!


No dia 19/10, a Luma do blog Luz de Luma fez um post muito interessante: Retornando uma velha e atual ideia. Ela comentou sobre um projeto que recebeu e que tem como objetivo levar boa leitura para as pessoas.

Isso é possível? Sim, e de uma maneira muito simples!

Li o post e fiquei encantada. Já ouvi falar sobre essa iniciativa (não exatamente sobre o projeto) e o post apenas acendeu aquela luzinha dentro de mim. No comentário que deixei fiz a ela uma proposta para adotarmos essa ideia e convidarmos os amigos da blogosfera a participarem.


Queridos Amigos é muito simples e embora não vá mudar o hábito de leitura do nosso País pode ajudar um pouco, além de proporcionar a leitura de um bom livro aqueles que, infelizmente, por um motivo ou outro não podem adquirir um livro ou que não tem o hábito de ler. Se essa onda pegar...

Então vamos a ideia: convidamos os amigos a separarem um bom livro, apenas um e no dia 08/11, simplesmente, o esquecerem em algum lugar público. Ônibus, metrô, banco de praça, qualquer lugar vale. Dentro do livro deve conter um bilhete informando que aquele livro foi esquecido naquele lugar justamente para que quem alguém o encontrasse e lesse. A única regra: passar o livro adiante, ou seja, após lê-lo fazer o mesmo esquecê-lo em um lugar público e assim dar a oportunidade de que outra pessoa leia.

E aí, o que vocês acham? Topam participar? Então dia 08/11 fica instituído o dia em que um pequeno grupo de pessoas ajudou a levar um pouco de boa leitura as pessoas.


Divulguem em seus blogs, fotografem o livro esquecido, façam um post comentando como foi, deixem um comentário nesse post, simplesmente esqueçam o livro. O importante mesmo é que possamos levar um pouco de boa leitura a outras pessoas.


Eu já estou pensando no livro que esquecerei!

Atualização:
Amigos, cada um pode fazer da maneira que quiser! Se quiserem esquecer mais de um livro, ótimo. Já os mais apegados, aos livros, se quiserem comprar um livro no sebo para esquecer também vale. Divulguem e vamos fazer no dia 08/11, uma festa e levar um pouco de boa leitura para alguns!

Um beijo e obrigada por todas as palavras generosas deixadas aqui, mas é importante lembrar que tudo isso foi iniciado com o belo post da Luma.

29 de outubro de 2010

Mais festa! Oba!

Hoje é aniversário do querido amigo Alexandre do blog Lost in Japan e deixar essa data passar em branco nem pensar.

Alê acredito que agora seja exatamente 19h00 aí no Japão e você a essa altura já deve estar desacelerando, enquanto nós aqui no Brasil estamos acordando!

Meu amigo, que nesse pouco tempo já se tornou tão querido, desejo a você muitas felicidades e sonhos conquistados. Saúde para que você aproveite muito tudo o que a vida tem a lhe oferecer, amigos e amor para que você possa compartilhar todas as conquistas!

E aniversário bom tem bolo, velas para assoprar fazendo pedido, bolas coloridas, presentes e o tradicional parabéns. Então, segura aí que, hoje, a festa é sua!


* ハッピーバースデートゥーユー  (Parabéns pra você)
Happy Basudee Tu Yuu
Happy Basudee Tu Yuu
Happy Basudee dia
Alê san

Happy Basudee Tu Yuu

* A segunda parte, em japonês.
Ureshiina Kyou wa
Tanoshiina Kyou wa
Tanjoubi Omedetoo
O Uta o Utaimashoo.


Parabéns pra você, em japonês é "Otandjoobi Omedetô" お誕生日おめでとう!

Blogagem Coletiva - Minha Ideia É Meu Pincel (1ª)

Monet - Irises in Monet's Garden
É isso! A querida Glorinha, do blog Café com Bolo foi tomada por um comichão e nos chamou para uma nova blogagem coletiva. Mais uma vez desafio lançado e aceito e vamo ver no que vai dar. Respeitável público com vocês, um conto.

Era uma manhã fresca de primavera, que mais pedia uma cadeira confortável, um chá gelado e um bom livro, porém no momento satisfazer sua vontade não era possível. Era preciso fazer algo. Já havia adiado demais. E diante da insistência do pensamento dirigiu-se sem mais demora até a porta dos fundos.

A distância que a separava de seu destino era pequena, apenas um largo corredor, mas antes era preciso recolher todos os apetrechos: carrinho de mão, enxada, garfo, tesoura de poda e tesoura de galho, regador e a pazinha de mão. Agora sim, podia dar início à tarefa.

Quando chegou ao local, a cena era desoladora. Seu jardim outrora tão bem cuidado e bonito transformou-se em um punhado de folhas e flores ressequidas. Porque deixara seu jardim ficar daquele jeito? Bem, por mais que soubesse o motivo não era hora para pesar nisso. Havia decidido que seu jardim voltaria a ser motivo de orgulho e alegria. De seu único e exclusivo orgulho e alegria.

Já com a roupa apropriada e com seu chapelão de palha colocou as luvas e mãos a obra.

Primeiro pegou a pá menor e começou a retirar raízes, ramos, folhas e tudo o mais que se acumulará por lá. Terreno limpo foi a vez da enxada para revirar o solo e aplaná-lo. Agora era prepará-lo com doses generosas de terra escura de cor marrom café e logo depois o adubo. Novamente com a enxada fez os sulcos e preparou pequenas fileiras para que pudesse colocar as sementes de gerânio, flor do campo, petúnia, margarida, rosa, depois cobri-las com um pouco mais de terra. Agora era apenas regar e aguardar.

Com a tesoura de galho foi cortando os galhos ressequidos das duas únicas árvores do jardim que mesmo diante de seu total descaso, teimavam em permanecerem firmes e fortes. E os poucos arbustos que resistiram foram trabalhados com a tesoura de poda e logo pareciam ter ganhado novo ar.

Embora o espaço fosse pequeno, estava cansada, já que havia prometido a si mesma que hoje seria o dia. De hoje não passaria e aquele jardim voltaria a florescer e mais uma vez se tornaria o seu recanto, o lugar para relaxar, o lugar que por tantas vezes aquietou seu espírito.

No final já exausta, suada e cansada parou para admirar o que havia feito. As flores não demorariam a dar o ar graça e exalar seus perfumes, e seu jardim voltaria a ser motivo de orgulho.

Tinha graça, justamente ela que tinha uma mão tão boa para plantar e cuidar ficar admirando o jardim dos outros, enquanto ela mesma podia fazer o seu jardim tão bonito quanto.

27 de outubro de 2010

Aniversário? Festa? Aonde?

" É o seu aniversário
Vamos festejar
E os amigos receber
Mil felicidades e amor no coração
Que a sua vida seja sempre doce e emoção
Bate, bate palma que é hora de cantar
Agora todos juntos vamos lá
Parabéns
Parabéns
Hoje é o seu dia
Que dia mais feliz" 

Hoje é aniversário da Tati, do blog Perguntas em respostas!

Minha querida amiga Mosqueteira, primeiro aqui desse espaço virtual, mas que rapidamente se transformou também em amiga no espaço real! Desvirtualizamos pelo telefone, por e-mail, pessoalmente. Pude te dar um abraço apertado pessoalmente.

Pensar em algo sobre a Tati é ser remetida imediatamente a família. A linda família que ela tem e a que está construindo ao lado do Vi e do Bê. Você nos presenteia dia a dia com seus textos recheados de amor, carinho, cumplicidade, respeito. 

Que os seus passos cuidadosamente pensados a levem longe, muito longe. Que te façam alcançar seus sonhos e que através deles conquiste mais e mais felicidade.

Embora esse "asfalto" em que pisamos todos os dias não seja liso, que as pequenas lombadas encontradas sejam transpostas com facilidade.

Receba com carinho essa pequena homenagem à você!

Parabéns, felicidades, sucesso, saúde, amor, paz, alegrias, R$, amigos, conquistas, vitórias, sorrisos, calma, serenidade, sonhos, realizações, tranquilidade e muito mais é o que desejo a você.

Um grande beijo

26 de outubro de 2010

Amores não competem...

Li esse texto, acho que há mais ou menos dois anos e embora seja de um psicoterapeuta, vou postar pois gostei muito.

Amores não competem, nós é que temos que fazer escolhas!

“Nós, temos a capacidade de amar várias pessoas ao mesmo tempo. Nossa cultura monogâmica é que nos faz optar por uma somente. Ao fazermos isso, abrimos mão dos outros amores que poderíamos ter. E não temos um só amor que passamos de uma pessoa para outra. Cada um de nossos amores é exclusivo, sem igual, não tendo relação com os anteriores.

Ao contrário do que ingenuamente se supõe, o campo amoroso não é monoteísta, mas verdadeiro panteão. Somos amorosamente polivalentes. Tomemos consciência disso e nos responsabilizemos pelas implicações desse fato.

Supondo-se que, de fato, a palavra amor se aplique à situação, podemos afirmar que, quando alguém diz que não tem certeza se ama uma pessoa ou outra, é possível que ambas sejam amadas. Mais parecido com a realidade psicológica seria dizer: "Não sei a qual desses dois amores eu suporto renunciar". Quando se faz uma escolha amorosa, decide-se não viver uma série de outros amores.

Pode-se fazer com que a libido - energia psíquica - se destine a um grande amor, situação em que a pessoa opta por privar-se de outros amores. Ajuda-nos a entender esse fenômeno a vivência parental: o pai e a mãe "inventam" um amor para cada um dos filhos. É bobagem a afirmação de que "o amor que sinto pelos meus filhos é um só", ou "amo meus filhos igualmente". Cada filho faz emergir em nós um amor distinto. O amor que temos por um filho é só dele. Nossa capacidade amorosa é que nos permite amar cada um de um jeito novo, por motivações distintas; veiculamos nosso amor de modos impossíveis de se repetir. É importante que seja assim.

Já com os adultos...não há um amor único que se movimente de um parceiro para outro, feito um líquido que se transporta de um jarro a outro. Para cada um de nossos amores, fundamos um jarro distinto e o preenchemos com um conteúdo diferente. Assim, não existe algo como "Não amo mais você; agora amo outra pessoa", como se o amor que se destinava a uma pessoa pudesse ser transposto para outra. O que existe é: "Escolho não mais nutrir um grande amor por você. Esse amor, eu o deixo morrer. Teve início uma outra história de amor, movida e sustentada por outro padrão amoroso, que emerge em mim em razão da relação que opto por ter. Eu escolho perder você".

O amor que entra em jogo na união atual é único, não compete com o anterior."

Alberto Lima, psicoterapeuta de orientação junguiana (o texto não está reproduzido na íntegra)

23 de outubro de 2010

No devido lugar

 Ainda com as mãos trêmulas acendeu o candeeiro, destrancou a pesada porta de ferro, e com cuidado desceu a escada que dava no calabouço.

De frente para a porta, apoiou o candeeiro no chão, o pequeno objeto que carregava consigo e tirou a chave do bolso de seu longo vestido.

Era um lugar abandonado, frio, escuro e empoeirado. Teve medo de não conseguir abrir a porta. Há pelo menos uns dez anos que ninguém botava os pés ali.

Não imaginava lugar melhor para colocar o pequeno objeto. Colocou a chave na fechadura. Girou para um lado, e nada. Tentou girar para o outro. Nada. Insistiu, e ao girar mais uma vez a chave escutou um rangido. A velha fechadura cedia. Depois de uma pequena batalha: ela, chave e fechadura, conseguiu abrir a porta.

O cômodo era minúsculo. Impossível imaginar que em épocas passadas, pessoas eram trancafiadas ali. Um pequeno banco de madeira e escuridão.

Pegou o candeeiro e encaminhou-se para dentro do cômodo e depositou sobre o banco, o pequeno objeto. Virou-se, trancou a porta e começou o caminho de volta para o castelo. Sem adeus, sem até logo, sem até breve, sem lenço branco.

E o pequeno objeto? Uma caixa.

Dentro da caixa? Ela guardara dentro da caixa, todas as más lembranças e decidira que daquele dia em diante, elas ficariam lá presas e, assim, com o passar dos anos, seriam esquecidas.

E a chave do calabouço?

Fundiu e pediu ao ourives, do castelo que transformasse em um trevo de quatro folhas. 

"Nada jamais continua,
Tudo vai recomeçar!
E sem nenhuma lembrança
Das outras vezes perdidas."
(Mário Quintana)

21 de outubro de 2010

Desafio em respostas!

 
Recebi esse desafio da Jeanna, do blog Simples Assim... e da Cíntia, do blog Meu Cantinho.

Desafio recebido e aceito, agora tenho que me virar para responder as perguntas! Ah, pedem também que indiquemos cinco blogs para continuarem o desafio.

Os desafiados (mas que por favor devem se sentir à vontade caso não queiram participar):

Daniela - Mulher de Fases
Serginho - Entre Nous
Tati - Perguntas em Repostas
Giovana - Bordados e Retalhos
Néia - Eterno

Esse desafio consiste em fazer um autorretrato (esquisita a grafia após a reforma ortográfica, né?), baseado em questões prévias e, desafiar quem o ler, a proceder de modo igual.

1 – Se me dou bem com a minha sogra?
Muito bem! Carinho, cumplicidade e amizade.

2 – Qual o seu desafio?
Tantos.... mas acredito que o maior seja controlar a minha impaciência.

3 – O que diria a seu chefe se ganhasse na Loteria?
Pediria demissão, de preferência sem cumprir aviso prévio.

4 – Que farias se descobrisses que alguém te está mentindo?
Se for uma pessoa próxima e estiver mentido para mim tiro satisfação.
Se for uma pessoa próxima e estiver mentindo para uma outra pessoa, conversaria para tentar entender o motivo pelo qual está fazendo isso.

5 – Se tua casa sofre um incêndio e apenas podes salvar uma única coisa, que salvarias?
Minha filha

Por quê?
Meu maior amor. Precisa mesmo de explicação - rs?

6 – Entras num local com muita gente, que fazes?
Depende. Se for um show, eu procuro o lugar com menos pessoas e por ali fico. Se for um shopping, loja, ou algum lugar que eu não tenha real necessidade de estar, vou embora.

7 – Vês um recipiente meio cheio ou meio vazio?
Sempre meio cheio

Por quê?
Otimista por natureza. Caminho na fé que me faz otimista demais!

8 – Encontras uma Lamparina Mágica. Que três desejos pedes?
Parar de fumar, saúde para mim e minha família e um uma graninha extra que não faz mal a ninguém.

9 – O que te levou a criar um blog?
Eu já tive um blog em 2006, porém não compreendi o funcionamento e acabei por deixar de lado. Em 2009, uma amiga criou um blog e eu me animei. Comecei a visitar outros blogs, li o manual de instrução e aqui estou.

10 – Se fosses um dinossauro, como te chamarias
Mega Imapacientessauro

11 – Você mudaria algo no seu passado?
Nunca pensei nisso, diante da impossibilidade, mas certamente alguma coisa eu mudaria.

12 – Qual é o teu Sonho?
Carrego muitos sonhos comigo. E como me disse alguém que amo muito: o meu maior sonho é continuar sonhando.

13 – O que de mais vergonhoso fizeste?
Vixe... essa eu passo, mas já fiz algumas coisas das quais me envergonho. Nada grave, mas...já fiz, então não adianta chorar sobre o leite derramado.

14 – Se fosses um animal, qual serias?
Borboleta

15 – O que nunca farias por dinheiro?
Roubar, matar, trair.

16 – O quê ou quem é capaz de tirar-te do sério?
Nossa, uma infinidade de coisas, das mais bobas as mais sérias. Tá, mas para citar uma: pessoas que mentem!

17 – O que fizeste em tua Vida de que tenhas tanto orgulho?
Gerar uma vida.

18 – Como gostarias de te enamorar?
 Por todos os dias da minha vida.

19 – Com que personagem, famoso ou não famoso, gostarias de parecer-te?
Mulher Maravilha

20 – O que prezas mais na Vida?
Paz de espírito.

21 – O que significa PAZ para você?
Deitar minha cabeça no travesseiro e dormir sossegada, pois tenho a certeza de que nada fiz ou faço para prejudicar ninguém

22 – O que é AMOR para você?
O sentimento mais bonito.

23- Se pudesse mudar alguma coisa no mundo o que mudaria?
Acho que baniria de uma vez por todas todo e qualquer tipo de violência

24. Qual seria tua opção para outra atividade profissional que não fosse a tua?
Organização de Eventos


Agora, tenho que propor uma nova pergunta para que a cadeia siga e se vão juntando perguntas novas de blog em blog…

25 .Qual a sua melhor lembrança?

19 de outubro de 2010

2ª Desvirtualização Carioca

Muito dos amigos que por aqui passam ficaram sabendo que em Agosto/10 fizemos a 1ª Desvirtualização Carioca e conseguimos reunir amigos que antes eram apenas virtuais. Foi sucesso absoluto e a emoção é indescritível! Só vivendo.

Quer sentir também? F izemos esse post para convidá-los para nosso segundo encontro. Será ainda a oportunidade de uma tarde de autógrafos no primeiro livro de nossa amiga She – Cabra Cega
. Não haverá venda de livros no local, quem quiser participar desta parte da festa deverá levar seu exemplar para a dedicatória. 

Pensamos em nos encontrar no dia 06/11 (sábado) às 14h. O que vocês acham? 


 
Indiquem no e-mail o nome e blog para que possamos acompanhar o número de pessoas interessadas e escolher um local, no mesmo esquema do anterior: bom, bonito e barato. 

A partir deste primeiro contato a comunicação será toda feita por e-mail, resguardando a intimidade e segurança do grupo. Estamos na torcida por uma maior participação de amigos de fora do Rio. Ah, venham nos dar aquele abraço!!!

P.S.: O livro pode ser adquirido neste link. A entrega leva 5 dias úteis.
Beijos. Aguardamos sua presença.

Isa, She e Tati.



Aqueles que quiserem participar, por favor, encaminhem um e-mail para:

16 de outubro de 2010

Labirinto


Olhou-se no espelho e ficou surpresa com o que viu refletido. Ela mesma, porém seu semblante estava muito diferente do que estava acostumada a ver.

Contemplando a imagem refletida reparou que seus olhos haviam perdido o brilho, apresentava um ar cansado, sua pele perdera o viço, o cabelo ressecado e sem trato. Pensou consigo mesma como deixara tudo chegar a esse ponto. Simplesmente deixara de cuidar de si, mas porquê?

Eram tantas explicações e desculpas, tantos casos e acasos, tantos medos e receios, tantas dúvidas. Se perdera em meio a tudo e não mais conseguira encontrar-se. Olhar para seu reflexo foi como uma bofetada em seu rosto, daquelas que muitas vezes alguém nos dá tentando nos sacudir, nos fazer voltar a razão. Qual o caminho que nos leva de volta a razão - perguntou-se. Não sabia a resposta, não sabia o caminho. Se ao menos soubesse quando perdeu o fio da meada, mas nem disso lembrava.

Perdeu-se em seu próprio labirinto. Desorientou-se entre tantos caminhos, criou seu próprio monstro, mas não sabia como matá-lo, nem mesmo como achar a saída. Como desvendá-lo?

Cerrou os olhos e balançou a cabeça como se quisesse jogar o pensamento para longe. Não gostou do que viu e ouviu. Não tinha tempo para isso, ou melhor preferia acreditar nisso.

Secou e escovou abruptamente o cabelo, passou um corretivo, um lápis no olho, o batom. Borrifou um pouco de perfume e ensaiou um sorriso. Não era dos melhores, mas tinha lhe servido muito bem nos últimos anos.

Pegou a bolsa que estava sobre a cama, apagou a luz e bateu a porta.

Esse espaço é precioso e prezo imensamente o carinho dos amigos que por aqui passam e fazem essa interação maravilhosa. Deixo aqui para vocês, um poema que o querido amigo Cacá - uai, mundo? deixou em comentário complementando brilhantemente essas pequenas linhas. Meu amigo, obrigada!

"Perco-me no labirinto da mente

De mil pensamentos cruzados
Caminhos de mistérios,
Alguns desvendados
Outros, ainda obscuros

Na luz difusa
Dos dias futuros....
Perco-me no labirinto da mente
Mas sei que vou encontrar
O ponto de saída final.
Interrogo-me...
Quanto tempo terei." (Maria Souza)

13 de outubro de 2010

Do tanto que senti






Quero te encontrar
E te contar
O tanto que vivi
O quanto esperei por ti
Deitada na rede vendo o entardecer
Sentada na varanda vendo o sol nascer  

Quero te encontrar
E te contar
O quanto vi
O quanto esperei por ti
A felicidade compartilhada
A esperança renovada  

Quero te encontrar
E te contar
O quanto que sorri
O quanto esperei por ti
A criança brincando na grama
A fruta roubada do pé  

Quero te encontrar
E te contar
O quanto que ouvi
O quanto esperei por ti
Das histórias contadas com amor

Quero te encontrar
E te contar
O quanto que senti
O quanto esperei por ti
O difícil caminho que percorri
A saudade que não cabe em mim 
E mesmo nesses dias sem ti
Eu vivi, sorri, vi, ouvi e senti

9 de outubro de 2010

Volto logo!


Meus amigos vou aproveitar o feriado prolongado (esse eu consegui!) para descansar um pouco.

Esses últimos meses foram bem corridos e cansativos. O corpo, a mente e alma estão precisando de um pouco mais de carinho e aconchego. E é exatamente isso que farei nos próximos dias.


"Pois é... todos também se cansam um dia!

Vem

Senta aqui ao pé de mim

Descansa um pouco...

Vês

Também eu me sentei

Dobrei as pernas em cruz

E aqui fiquei... assim...

Sabes

O tempo é um louco

Por ser mais rápido

E nos obrigar a correr

Para o apanhar

Não pense que é o fim

Não!!

Mas agora...

Descansa um pouco...

Aprecia a beleza à tua volta

Sente a brisa do vento

Os raios de luz...

... descansa um pouco!"

Na quarta-feira nos vemos de novo!

Um beijo para todos

7 de outubro de 2010

Pressa de quê?

Reunião marcada, às 9h30, no trabalho. Ok, tenho que chegar na hora.

Sou pontual e gosto disso. Horário marcado deve ser cumprido. Se tem uma coisa que me deixa chateada é quando marco uma consulta médica, chego no horário e sou atendida trinta, quarenta minutos depois. Isso me deixa revoltada, pois normalmente marco antes de ir para o trabalho, ou no horário do almoço e acabo chegando ou retornando mais do que atrasada.

É claro que acontecimentos alheios a nossa vontade ou imprevistos acontecem, ainda que tenhamos organizado tudo direitinho.

Foi o que aconteceu hoje. Eu pronta para sair (tempo suficiente para chegar no horário marcado), e por motivo alheio a minha vontade (questões com a pequena) sai atrasada.

Entrei no ônibus e a cada parada no sinal, ou parada no ponto para que todos entrassem (nessas horas, o ônibus para em todos os pontos, e olha que a Nossa Senhora de Copacabana é enorme e trinta pessoas resolvem entrar a cada parada), eu pensava comigo: anda logo, abre esse sinal, ai gente entra logo e vamos embora.

Começo a olhar o horário, no celular e vou ficando angustiada, chegarei atrasada. Só que não tem nada que eu possa fazer.

Daí pensei comigo mesma, ora se você não quer se atrasar e nem se angustiar sai mais cedo de casa. Ok, isso mesmo, só que dessa vez não deu. Então?

Relaxei. Chega de ficar angustiada por coisas que não tenho o menor controle. Imprevistos acontecem e ou aprendo a lidar com eles, ou viverei angustiada. Decidi que aprenderei a viver com eles da melhor forma possível.

Ao invés de descer do ônibus e sair como uma maluca atravessando as ruas, para chegar um pouco menos atrasada (5 minutos), desci com calma, atravessei as ruas com calma, entrei no prédio e peguei o elevador com calma.

Cheguei dez minutos atrasada e ao invés de lançar aquele sorriso amarelo, sem graça pelo atraso, apenas disse: me desculpem, mas tive um imprevisto.

"Imprevisto sempre há de pintar por aí."

6 de outubro de 2010

Uma convenção diferente


Convenção dos feridos por amor:

Disposições gerais:

A - Em se considerando que está absolutamente correto o ditado “tudo vale no amor e na guerra”;

B – Em se considerando que na guerra temos a Convenção de Genebra, adotada em 22 de agosto de 1864, determinando como os feridos em campo de batalha devem ser tratados, ao passo que nenhuma convenção foi promulgada até hoje com relação aos feridos de amor, que são em muito maior número;

Fica decretado que:

Art. 1 – todos os amantes, de qualquer sexo, ficam alertados que o amor, além de ser uma benção, é algo também extremamente perigoso, imprevisível, capaz de acarretar danos sérios. Conseqüentemente, quem se propõe a amar, deve saber que está expondo seu corpo e sua alma a vários tipos de ferimentos, e não poderá culpar seu parceiro em nenhum momento, já que o risco é o mesmo para ambos.

Art. 2 – Uma vez sendo atingido por uma flecha perdida do arco de Cupido, deve em seguida solicitar ao arqueiro que atire a mesma flecha na direção contrária, de modo a não se submeter ao ferimento conhecido como “amor não correspondido”. Caso Cupido recuse tal gesto, a Convenção ora sendo promulgada exige do ferido que imediatamente retire a flecha do seu coração e a jogue no lixo. Para conseguir tal feito, deve evitar telefonemas, mensagens por internet, remessa de flores que terminam sendo devolvidas, ou todo ou qualquer meio de sedução, já que os mesmos podem dar resultados a curto prazo, mas sempre terminam dando errado com o passar do tempo. A Convenção decreta que o ferido deve imediatamente procurar a companhia de outras pessoas, tentando controlar o pensamento obsessivo “vale a pena lutar por esta pessoa”.

Art. 3 – Caso o ferimento venha de terceiros, ou seja, o ser amado interessou-se por alguém que não estava no roteiro previamente estabelecido, fica expressamente proibida a vingança. Neste caso, é permitido o uso de lágrimas até que os olhos sequem, alguns socos na parede ou no travesseiro, conversas com amigos onde pode-se insultar o antigo(a) companheiro(a), alegar sua completa falta de gosto, mas sem difamar sua honra. A Convenção determina que seja também aplicada a regra do Art. 2: procurar a companhia de outras pessoas, preferivelmente em lugares diferentes dos freqüentados pela outra parte.

Art. 4 – Em ferimentos leves, aqui classificados como pequenas traições, paixões fulminantes que não duram muito, desinteresse sexual passageiro, deve-se aplicar com generosidade e rapidez o medicamento chamado Perdão. Uma vez este medicamento aplicado, não se deve voltar atrás uma só vez, e o tema precisa estar completamente esquecido, jamais sendo utilizado como argumento em uma briga ou em um momento de ódio.

Art. 5 – Em todos os ferimentos definitivos, também chamados “rupturas”, o único medicamento capaz de fazer efeito chama-se Tempo. Não adianta procurar consolo em cartomantes (que sempre dizem que o amor perdido irá voltar), livros românticos (cujo final é sempre feliz), novelas de TV ou coisas do gênero. Deve-se sofrer com intensidade, evitando-se por completo drogas, calmantes, orações para santos. Álcool só é tolerado em um máximo de dois copos de vinho por dia.

Determinação final: os feridos por amor, ao contrário dos feridos em conflitos armados, não são vítimas nem algozes. Escolheram algo que faz parte da vida, e assim devem encarar a agonia e o êxtase de sua escolha.

E os que jamais foram feridos por amor, não poderão nunca dizer: “vivi”. Porque não viveram.

(Paulo Coelho)

4 de outubro de 2010

Desabafos d´Alma

Recebi com grande alegria, a notícia de que fui sorteada em uma das "promoções" feitas pelo Espaço Aberto.

O presente: o livro da querida Ana Casanova - Desabafos d´Alma com uma gentil dedicatória. Ela também é blogueira e para os que quiserem conferir o blog - Ana Vision.

Deixo aqui para vocês um dos poemas:

Atitude
A covardia atiro flores, 
           à maldade lanço sorrisos,
porque na minha fragilidade
           encontro força e segurança;

Às dificuldades respondo
              com persistência,
as dúvidas com coerência
              e com frontalidade e coragem
porque a vida não me endurece;

Caminho, cabeça erguida
            porque a esperança persiste,
porque sei que o amor existe,
           e o sonho vai continuar
a comandar a minha vida!

(Ana Casanova)

2 de outubro de 2010

O balão

Parou admirada. Ficou observando com ar de triunfo. Enfim estava pronto e olha que tinha despendido um tempo precioso naquela empreitada, mas agora, sorria de alegria.

Ali, aos seus pés, estava ele. Lindo. Não, melhor, maravilhoso. O seu balão.

No último ano, uma grande parte do seu dia era dedicada à construção do balão.

É certo que foi preciso contratar alguns construtores de balões. Precisava de pessoas que entendessem do riscado, afinal o que ela entendia de balões? Absolutamente nada.

Estudou muito e chegou há dormir poucas horas por noite, pois queria absorver o que fosse possível.

Dava palpite em tudo. O cesto tinha que ser de vime trançado. O balão era de ar quente e era preciso gás propano que deve ser armazenado em tanques de alumínio ou aço. O envelope como seria? A altura do balão, já que era para no máximo quatro pessoas? Maçarico, amarras... .Quase enlouqueceu todo mundo com senão e porém, mas no final o resultado extrapolou todas as expectativas.

Os finais de semana eram dedicados a aprender a pilotar o balão.

Pensam que pilotar um balão é fácil? Pois lhes digo, não é.

Para ser balonista é preciso um certificado de Piloto de Balão. São 18 horas de aula teórica e prática com instrutores para se formar um piloto.

Agora, estava sozinha admirando tudo aquilo. Que aventura, pensou.

Num piscar de olhos pulou dentro do cesto. De lá era tudo tão diferente.

Sentou-se e ficou olhando para cada detalhe. Estava tão cansada que cochilou.

Sonhou. Sonhou o sonho da sua vida. Sonhou com pessoas queridas, com lugares sagrados, com momentos, com situações. Sonhou lembranças de todos os tamanhos.

De repente teve a sensação de ouvir alguém lhe chamando. Reconhecia a voz.

Ainda despertando do cochilo com um pé lá e outro cá, se deu conta de onde estava e de quem lhe chamava.

Era sua filha que vinha ao seu encontro com os olhos arregalados. Ainda não tinha visto o balão tomado pelo ar quente. Vê-lo assim deixou-a perplexa.

Ainda no cesto, a mãe gritou: “-Vem, pula aqui pra dentro também!”

A menina ainda mantinha o olhar desconfiado e a mãe insistiu: “- Vem, pula. Vamos dar um passeio. Confie em mim.

A menina não titubeou e pulou.

Amarras soltas, maçarico ligado e as duas partiram para mais um entre tantos caminhos.

“Sem dizer palavras, sem imaginar nada, com o infinito amor na alma que tudo quer, vamos longe, muito longe.” (Arthur Rimbaud)