10 de dezembro de 2009

Ela e o Natal

Ah, como Ela gostava das festas de final de ano. Sempre fora assim, desde pequena.
Primeiro vinha o Natal, tão cheio de significados. E Ela gostava também de tudo que a data trazia consigo.

Esse ano, Ela prometeu que faria diferente. Nada de correria, presentes comprados em cima da hora, os preparativos para a Ceia, tudo na maior na correria. Não, esse ano seria diferente, tudo seria preparado com muita calma e esmero.

Os presentes seriam comprados com calma. Ela fez a lista de todos aqueles a quem iria presentear e ficou imaginado um por um. Fez uma brincadeira gostosa que era imaginar a pessoa e ver um presente que melhor combinasse com ela.

Ela tentou se lembrar da tia Sílvia. Todas às vezes que a vira ela estava com uma bonita pulseira. Bom, pulseira poderia ser uma boa ideia de presente para ela. E a Vivi, a pequena, sempre envolta naquele mundo de bonecas, roupinhas, móveis para decorar a casinha da boneca. Hum, Ela pensou... é poderia comprar móveis para a casinha e por assim foi. Um por um, presente por presente até que fechou sua listinha.

Nos outros anos, Ela ficara triste, pois muitos presentes foram comprados em cima da hora e não tinham bem a cara daquele que iria receber, mas essa é uma outra história.

Depois, vinha a Ceia de Natal. Esse ano haviam decidido que o Natal seria comemorado na casa dela. Para Ela, Natal sem aquela magnífica ave, não era Natal. E tinham aqueles que gostavam de um bom bacalhau. Bem, estava decidida a Ceia: Peru, uma gostosa farofa, um arroz bem fresquinho e uma receita de bacalhau que sua mãe havia dado. Bebidas e sobremesas. Estava pronta a Ceia.

Ah, ela quase havia se esquecido das flores. Esse ano, Ela queria muitas flores. Como a casa fica mais alegre.

Agora, faltava pouco. Ela não havia se esquecido do significado do Natal. Embora fosse católica não era praticante, mas em uma data com essa, praticante ou não, o significado da data era importante.

Enfim, agora era aguardar por essa noite, com toda a família reunida. As crianças fazendo aquela algazarra por causas dos presentes. Todos reunidos em torno da mesa, conversando, rindo.

E ela não se esquecera e prometerá a si mesma que esse ano não permitiria que ninguém (olha a palavra aí) estragasse o seu Natal e tão pouco ela estragaria o de alguém. Ela se lembrava o tempo todo do que havia lido há pouco: os outros só fazem conosco, aquilo que nós permitimos que o façam.

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