O dia despontava ainda tímido e preguiçoso é verdade e na floresta silenciada pela noite ouviam-se os primeiros sons: o coaxar dos sapos, o canto dos pássaros, o farfalhar das folhas das árvores. No instante seguinte percebia-se que a floresta acordara para mais um dia, porém, aquele dia não era como qualquer outro, mas, sim, um dia especial. Um dia de contar estória e hoje, o narrador convidado é o Vento.
Pouco a pouco toda a floresta estava atenta, a narrativa que logo iniciaria. Vamos acompanhar a estória soprada pelo Vento?
O Vento começou a soprar e fez uma pergunta ecoar: Vocês sabem como nasceu a Chuva? Silêncio. A Chuva que lá estava ficou emocionada, pois nunca imaginou que sua estória seria soprada.
Então anunciou o Vento, atenção, pois vou começar.
Há muito tempo atrás, as nuvens viviam a brincar no céu. Eu as soprava para lá e para cá e elas, em um bailado delicado ficavam a rodopiar. Eram nuvens de todas as idades, todas bem branquinhas.
As nuvens mais velhas recolhiam-se mais cedo para não serem castigadas pelo sol, porém as nuvens mais jovens corriam soltas pela vastidão do céu.
Nessa brincadeira inocente de bailar para lá e para cá, Angélica e Rafael (sim, na nossa estória as nuvens tem nome) sem perceber trombaram e pequenos flocos se entrelaçaram. Um tenta chegar para o lado, o outro tenta espichar. Tudo na esperança de desenlaçar. E no meio dessa dança descompassada, começaram a gargalhar. E agora como iriam se soltar? Nesse mesmo instante começaram a se observar. Foi amor à primeira vista posso lhes assegurar.
Ali entrelaçados começaram a jurar que sem o outro não iriam mais caminhar, mas eu que assistia tudo de longe - explicou o Vento - vendo aquela confusão não tive dúvida e pus-me a soprar, soprar bem forte até desenlaçar. Continuei a soprar e sem querer Angélica e Rafael começaram a se afastar, e tão depressa que Rafael foi esvaecendo sem que Angélica conseguisse alcançá-lo.
Quando Angélica percebeu Rafael havia sido levado para longe e a única coisa que conseguia ver era um pequeno floco branco.
Rafael gritou bem alto para que a pequena nuvem pudesse escutar: Não se preocupe, eu vou voltar. Deixe apenas a ventania abrandar. Espere por mim.
Angélica com os olhos arregalados e assustada não conseguiu ouvir e a única coisa que passava pela sua cabeça era que nunca mais veria Rafael. Seu coração inundou-se de tristeza e seus flocos tomados pela dor , sem que percebesse encheram-se de gotículas de água e trasbordaram e todos sem entender viram a água cair do céu.
O Vento silenciou e junto com ele toda a floresta, porém logo anunciou: Eu não vim até aqui contar estória triste. Vamos ao final.
A Chuva nasceu da tristeza de Angélica, porém minutos depois, eu compreendi o que aconteceu e parei de soprar e assim, Rafael em um bailado alegre voltou rodopiando. Tomou Angélica nos braços e a beijou.
Querem saber como essa estória terminou? E foram felizes para sempre.
10 comentários:
Muito boa essa história...é bom ter continuação.
abraços
Bom dia, Isa
Que linda história das nuvenzinhas, Angélica e Rafael.
Ainda bem que o final foi bem feliz.
Você escreve super bem. Quisera eu saber criar uma historinha destas.
Bjo
Lindo Isa
Maravilhoso encontro de nuvens com final feliz para todos.
A chuva lava todo o mal além de fortalecer a Natureza.
Adorei o conto.
Bjs no coração!
Nilce
Lindo conto Isadora
a natureza inspira e as crianças adoram.
saudades daqui.
beijinhos
* fiquei na dúvida se era essa a segunda parte porque está duplicado.
será que teria segunda parte e voce trocou? rs
abraços Isa
adorável. gostei demais da conta. linda a imagem do blog. beijos
Olá, querida Isadora
Estive viajando por 20 dias e estou com as visitas em "dívida"... mas vou, aos poucos, recuperando o contato e apreciando o seu Blog que tanto gosto de fazer...
Espero que tudo esteja na perfeita paz!!!
O meu apreço fraterno
Deus seja a sua Força!!!
Fraternalmente,
Roselia (Orvalho do Céu)
Isaaaa, amei o texto, amei o novo layout.
Bom mudar, né?
Fora q amo branco. O meu bloguinho tb ta de fundinho branco agora.
Amiga tks pelo carinho de sempre lá no bloguinho!
Bjks
Oi Isadora...tudo muito bonito por aqui
Gostei da forma como contaste a estória ou história, você deu um tom de veracidade pelo caminho, tirando a beleza poética da coisa...agregou ainda mais valor, a rima quase sempre usada no meio das frases...
Obrigado pelas palavras lá no Verseiro
Um abraço na alma
Beijo
Adorei o post! Beijinhos, Nane www.vovoqueensinou.blogspot.com
Isaaaaaaaaaa que coisa linda! Merece ser enviado para concurso de conto infantil! Lindo demais, parabéns!
She
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