Angra do Heroísmo |
Minha mãe comentou comigo que o passaporte português dela estava pronto e disse que eu e meu irmão poderíamos fazê-lo. Deixe que eu explique, minha avó materna era portuguesa, embora tenha vivido, no Brasil, a maior parte de sua vida.
Eu fiquei surpresa, pois achei que minha mãe não tinha todas as informações necessárias. Desde pequena minha mãe guarda em caixas fotos, documentos e outras relíquias, e, sempre foi hábito entre nós abrirmos as caixas sobre a cama e ficarmos conversando sobre o conteúdo das mesmas, relembrando. Nunca vi esses documentos da minha avó.
Tive pouca oportunidade de conviver com a minha avó. Apenas nove anos, mas me lembro muito bem dela. Elegante, bem-humorada e com grande alegria de viver. Morávamos juntas, além de meu avô, meus pais e meu irmão, porém eu era criança e pouco pude conversar sobre coisas que só temos entendimento mais velhos.
Quando minha mãe comentou a novidade soube que ela tinha todos os documentos guardados e perguntei onde ela tinha nascido: nos Açores, na ilha Terceira, em Angra do Heroísmo e eu curiosa que sou fui lá buscar uma parte de mim, da história da minha família.
Divido com vocês um pouquinho do que descobri: Angra do Heroísmo é a capital (situada ao Sul) da Ilha Terceira que assim foi denominada dando a entender que é a terceira ilha do arquipélago descoberta. A Ilha Terceira é uma das nove ilhas dos Açores.
Em 1497, o pequeno povoado foi elevado a categoria de vila e em 1543, a condição de cidade. E desde 1983 é considerada Patrimônio Mundial pela UNESCO.
Segundo o censo de 2001, Angra do Heroísmo tem aproximadamente 21 mil habitantes. A economia é baseada no agro-pecuária e conta com importantes portos. O clima é temperado marítimo - chuvas abundantes e bem distribuídas ao longo do ano e com verão fraco (no Brasil, é o clima de Curitiba e Gramado).
Angra do Heroísmo |
Hotel em Angra do Heroísmo |
Angra do Heroísmo |
Minha avó (Aydil) e meu avô (Custódio) |
8 comentários:
Oi Isa, tudo bem?
Que história bacana a sua. Acho tão importante saber nossas origens, nossos antepassados, de onde vieram, como viveram, como chegaram até o Brasil. No meu caso descendo de um francês, de Bayone, que chegou aqui no final do século XVII.
Adorei sua postagem, as fotos de Angra do Heroísmo, seus avós, bonitos, elegantes.
Bjos
Que bom que reabriu o blog! Não se preocupe com as visitas, preocupe-se em dar vida às palavras quando o tempo deixar.
Link novo já está devidamente atualizado!
bj
Fiz carinho especial para alguém que se foi a muito tempo, mas que deixou saudades para nós.
Venha dar uma olhadinha,neste cantinho
http://sandrarandrade7.blogspot.com/2011/07/um-homenagem-in-memoria.html
Carinhosamente,
Sandra
Olá Isa
Eu adoro as histórias de familias. Linda a foto de sua avó. Meus avós paternos também eram portugueses e eu ainda não fui conhecer este país, mas está entre os meus mais recentes planos.
Oi, Isadora.
Que linda a sua avó! Menina, devia ser um sucesso!
É tão bom a gente saber sobre nossa ancestralidade, né?
Devo ter um pouquinho de sangue português, visto que tanto Carvalho (do lado materno) quanto Soares(paterno) são sobrenomes daqueles lados. Mas que eu saiba, nunca se falou nisso.
Sei que meus bisavós maternos vieram da Espanha. Minha avó era espanhola, veio novinha pra o Brasil.
Mas pouco sabemos, pois se perderam dos parentes de lá, nunca mais voltaram e assim se partiu a história.
Deve ter tanta gente no Brasil que tem parentes pela Europa toda e nem sequer sabe disso...
Pena que as famílias não se interessam em preservar sua origem, como sua mãe o fêz.
Beijo!
(saudade...quanto tempo...)
O lugar é lindo!! O arquipélago como um todo, mas essa ilha é bem especial! Faz muito bem em procurar por suas raízes. Acho que nós brasileiros somos bastantes desligados quanto à isso, pois conhecer o passado ajuda em muito compreender as pessoas que hoje estão presentes em nossa vida. A genética é bastante forte!
Tenho o meu lado português também. O patriarca da família: André do Valle Ribeiro, nasceu na Freguesia de Valongo, Bispado do Porto em 1675 e numa linhagem contínua de 345 anos por 12 gerações sou da 10ª geração de netos. Mas não pense que os meus parentes brasileiros souberam me informar sobre essas coisas, pois foi somente depois que passei a conviver com os meu parentes portugueses - fiz minha alfabetização em Portugal - que conheci a história da família. O sentimento familiar cresce quando nos sentimos inseridos dentro de um contexto mais amplo do que o teto da nossa casa e acho que vale a pena você participar mais efetivamente da sua história! (rs*) Adorei saber de você e sua família! Bom fim de semana! Beijus,
Oi Ida
que tal darmos uma ida até lá? rsrs
eu adoraria. Até porque Portugal é uma pátria querida de todos nós.
E gostei de saber detalhes de família
e histórico da cidade que me pareceu belíssima.
um grande abraço, uma semana de paz e obrigada pela companhia .
Oi Isa, que coisa boa a oportunidade de resgatar um pouco de sua história. E que avó linda, um olhar apaixonado do avô para ela... Linda foto!
Na casa da minha mãe sempre tivemos o mesmo hábito, de abrir as caixas, sonhar, lembrar, ouvir histórias... adoro estes momentos.
Muito bom conhecer este pedacinho de Portugal e seu.
Beijos.
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