9 de fevereiro de 2010

Artista e Arte

O celular tocou. Era Ele e era possível notar uma certa urgência em sua voz.
- Oi, tudo bem?
- Tudo.
- Onde você está?
- Estou no ônibus, indo para casa – respondeu Ela.
- Tá. Então, quando você chegar em casa nos falamos.
- Não, pode falar agora.
- É que eu estou escrevendo um texto e queria falar com você.
- Poxa, que legal. E sobre o que é o seu texto?
- Depois , você vê.
- Ué, você não pode me dizer qual é o tema – disse ela sorrindo.
- Não. Quando você chegar em casa você vê.
- Tá, tudo bem – disse ela meio desapontada, já que era muito curiosa. Quando eu chegar te ligo.
Se despediram e Ela ficou lá perdida em seus pensamentos. Era muito curiosa e afinal, o que ele estava escrevendo que não podia contar a Ela? Mas agora tinha que esperar.
Quando chegou em casa, correu para o telefone.
- Oi, já cheguei e aí, me fala do texto.
- Eu estou aqui às voltas com ele. Como você faz mesmo? Você escreve direto no word?
- Escrevo direto sim, e depois faço a correação ortográfica.
- Mas como eu faço a correção? – perguntou Ele.
- Faz assim: marca todo o texto, clica em ferramentas e depois em correção e ortografia.
- Espera um pouco que eu vou fazer.
Alguns segundo se passaram e a voz retorna com um ar irritado.
- Isso tá muito complicado. Vou terminar de escrever e postar assim mesmo. Assim que eu terminar te aviso.
Agora, não restava nada a fazer. Apenas esperar.
Uns quarenta minutos depois, Ele liga.
- Já terminei e já postei. Agora pode ler.
- Então espera só um pouco pois estou indo para o computador.
- Faz o seguinte – disse Ele – Vou sair para comprar uma coisas e estarei de volta em meia hora. Lê e me liga, tá.
- Tudo bem. Um beijo.
E lá foi Ela curiosa como só para ler o misterioso texto.
Ela leu e releu em silêncio. No final, lágrimas teimavam em cair de seus olhos.
Ela leu mais uma vez. Estava impressionada. Ele havia transformado um singelo final de semana, em uma linda história...em uma viagem mágica. Quanta sensibilidade, ela pensou. Quanto sentimento transbordava daquelas linhas.
Ele sempre fora um artista, ela já sabia mas sua arte vinha dos acordes, das melodias, da harmonia, dos arranjos e das letras, porém dessa vez era diferente.
Ele trilhava um novo caminho, e nesse, não carregava consigo a bagagem que os anos lhe conferiram. Porém, ainda assim, era um artista, e já era de se esperar que conseguisse trasformarm em arte um simples final de semana na pequena, pacata e búcólica “Ponte dos Jacarés”.
É dessa forma que artistas fazem suas homenagens! Salve 08 de ferevereiro!

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