No final de semana que passou, assisti a toda primeira temporada de The Tudors. Foram 10 capítulos de aproximadamente 50 minutos cada um. Ou seja, final de semana imersa nos amores, intrigas, disputadas de poder político e religioso da corte de Henrique VIII. Difícil voltar a realidade, mas que seja ainda tenho a segunda temporada pela frente.
A produção, o elenco, o figurino, a fotografia, a música impecáveis. Algumas críticas foram feitas a série, já que Henrique VIII não foi retratado de acordo com os relatos da época.Enfim, pesquisadores e historiados fizeram lá suas críticas.
Eu como mera espectadora e apreciadora de história não me incomodei com as licenças poéticas. Assisti a tudo encantada.
Tenho pouquíssimas ressalvas quanto ao desenrolar da trama, mas isso não importa.
Gostaria muito de comentar e deixar as minhas observações sobre o triângulo amoroso: Henrique VIII, Catarina de Aragão e Ana Bolena, porém deixarei para outro post, pois o que me fez escrever essas linhas é uma outra história.
Na série temos Thomas More como ajudante do cardeal e primeiro-ministro da Inglaterra, Wolsey. De cara me lembrei que era o escritor de Utopia, porém não consegui relacionar o ano do livro e o período na corte. Depois vim a descobrir que o livro foi escrito, em 1516 e que o ingresso na corte se deu, em 1520. Apenas contextualizando.
A história de Thomas More e bem retratada na série, o descreve como um humanista, um libertário e um grande defensor da Igreja Católica embora sempre apareça aconselhando Henrique VIII a ser tolerante com as diferenças mesmo sendo contrário as reformas protestantes que Lutero pregava e as duras críticas a Igreja.
Com o desenrolar da trama, o cardeal e primeiro-ministro cai devido as acusações de corrupção e desvio de dinheiro da corte para sua "conta particular" e Henrique VIII, convoca Thomas More a assumir o cargo.
Pois bem é a partir desse momento e quase no final da primeira temporada que chego ao âmago da questão: o poder.
Thomas More ganha poder como chanceler e a partir daí começa uma caçada incessante a todos aqueles que professam religião contrária ao catolicismo e que colocam o direito comum acima do canônico. Em uma das cenas mais contraditórias, ele queima um homem na fogueira por ser simpatizante de Lutero, ou seja, um herege.
Por que para mim é uma das cenas mais contraditórias? Porquê ele embora fosse um humanista e libertário como filósofo, ao "ganhar" poder não exitou em fazer mau uso do mesmo e de forma cruel, apenas por acreditar que o catolicismo era a única religião capaz de salvar e confortar almas.
Questiono o fanatismo de qualquer espécie, justamente por servir como justificativa para atos hediondos e reafirmo que as diferenças devem ser respeitadas independente de concordarmos ou não.
O poder quando utilizando para satisfazer e justificar crenças pessoais não pode acabar em boa coisa.
Bom quando acabar de ver a segunda temporada faço meus comentários.
Nota: o texto acima não tem a intenção de criticar ou enaltecer uma ou outra religião, pois como já escrevi devemos ser tolerantes com as diferenças. O intuito do texto é chamar a atenção para a questão do poder, única e exclusivamente.
Deixo aqui uma canção que retrata o que escrevi. Obrigada!!!
6 comentários:
Oi, Isadora!
Não conheço The Tudors mas, pelo que você descreve, deve ser muito interessante.
Eu diria que o poder tem a ampla capacidade de revelar os mais obscuros caracteres, ou seja, ele não transforma ninguém e sim desmascara.
Obrigada pela sua gentil visita.
Beijo,
Inês
Inês, obrigada pela atenção e visita.
A história da dinastia Tudors é bem interessante, inclusive foi a partir do reinado de Henrique VIII que a Igreja Anglicana foi criada.
E a série muito bem feita. As duas primeiras temporadas já estão disponíveis em DVD.
Ótimo o seu ponto de vista sobre o não trasformar, mas sim, desmascarar.
Um beijo,
Isadora
Não conheço The Tudors.
Obrigada pela sua visita, espero que volte mais vezes, serás sempre bem vinda.
beijooo.
Ana, obrigada pela gentil visita também.
Como comentei acima, trata-se de uma família que durante muitos anos comandou a Inglaterra. É uma história bem interessante.
Um beijo,
Isadora
Não conheço o The Tudors,,,ainda,,,mas vou procurar conhecer, quanto ao poder,,,é tudo que a gente busca nessa vida,,,um poder principalemente pra amar e ser amado,,,obrigado pelo carinho da visita ao Livro,,,volte sempre que desejar,,,,beijos de bom dia.
Everson, acredito que você vá gosta, inclusive porque existe um romance para lá de confuso entre o rei, a rainha e uma plebéia muito ambiciosa.
Um beijo e obrigada pela gentil visita.
Isadora
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