8 de março de 2010

Mulher

“Em 1910, numa conferência internacional de mulheres realizada na Dinamarca, foi decidido, em homenagem às operárias têxteis que morreram reivindicando redução da carga horária de trabalho, comemorar o 8 de Março como "Dia Internacional da Mulher".

Sendo assim, hoje é o Dia Internacional da Mulher. Parabéns a todas nós!

Antes mesmo de vir para o trabalho já havia recebido uma quantidade de abraços, beijos e parabéns. Minha mãe chegou com uma rosa para minha filha. Justo, já que é a mais nova representante do sexo feminino em nossa família.

Embora acredite que todos os dias são nossos, não vou criticar a escolha de uma data única para tal celebração. Aceito e agradeço, porém sempre me pego pensando sobre a nossa condição. Hoje formamos um contingente de 90% de mulheres brasileiras que trabalham fora e que cuidam dos afazeres domésticos - que ocupa em média 4 horas do dia.

Eu, particularmente, não me ocupo dos afazeres domésticos, porém incluo nessa extensa lista o criar, educar e cuidar dos filhos, o que certamente toma bem mais tempo do que as 4 horas diárias.

Temos aproximadamente 30% de lares brasileiros cujas mulheres são chefes de família, ou seja, arcam com o orçamento de seus lares. Nos últimos dez anos, houve um crescimento de 34% no número de lares cujo ganha-pão feminino é o que garante o sustento da família.

A jornada pode ser única, dupla ou tripla, não importa. O que importa é que é uma jornada que trás consigo o peso da responsabilidade.

Penso no muito que ganhamos ao longo desse muitos anos, principalmente, nos direitos que conquistamos, porém questiono o preço que pagamos, hoje, por todas essas conquistas e confesso com certa tristeza que acho excessivamente alto.

Vivemos angustiadas já que precisamos cumprir de forma exemplar todos os papéis que nos foram destinados e assim, ao longo de um único dia, somos capazes de desempenhar inúmeros papéis. E é claro que ao chegarmos ao final de cada dia nos sentimos exaustas.

Talvez, o grande aprendizado de tudo seja que o equilíbrio é fundamental e que devemos buscá-lo a qualquer custo. O equilíbrio entre a vida pessoal/familiar e profissional são fundamentais para termos uma vida mais “saudável”, plena e com mais tempo. Não é fácil, e é por isso que vivemos hoje, assim angustiadas, mas se tivermos isso como meta, talvez seja mais fácil influenciar as pessoas mais próximas e quem sabe daqui há vinte ou trinta anos, possamos deixar de legado uma vida mais feliz.

Nada contra que queimem sutiãs, que reivindiquem, que briguem, que lutem por melhorar a condição da mulher na sociedade, mas sinceramente, gostaria que tivessem me perguntado ou me dado o direito de escolher que tipo de sacrifício ou concessão, eu estaria disposta a fazer.

Fonte:
http://www.fiscosoft.com.br/indexsearch.php?PID=3000490

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