“Em 1910, numa conferência internacional de mulheres realizada na Dinamarca, foi decidido, em homenagem às operárias têxteis que morreram reivindicando redução da carga horária de trabalho, comemorar o 8 de Março como "Dia Internacional da Mulher".
Sendo assim, hoje é o Dia Internacional da Mulher. Parabéns a todas nós!
Antes mesmo de vir para o trabalho já havia recebido uma quantidade de abraços, beijos e parabéns. Minha mãe chegou com uma rosa para minha filha. Justo, já que é a mais nova representante do sexo feminino em nossa família.
Embora acredite que todos os dias são nossos, não vou criticar a escolha de uma data única para tal celebração. Aceito e agradeço, porém sempre me pego pensando sobre a nossa condição. Hoje formamos um contingente de 90% de mulheres brasileiras que trabalham fora e que cuidam dos afazeres domésticos - que ocupa em média 4 horas do dia.
Eu, particularmente, não me ocupo dos afazeres domésticos, porém incluo nessa extensa lista o criar, educar e cuidar dos filhos, o que certamente toma bem mais tempo do que as 4 horas diárias.
Temos aproximadamente 30% de lares brasileiros cujas mulheres são chefes de família, ou seja, arcam com o orçamento de seus lares. Nos últimos dez anos, houve um crescimento de 34% no número de lares cujo ganha-pão feminino é o que garante o sustento da família.
A jornada pode ser única, dupla ou tripla, não importa. O que importa é que é uma jornada que trás consigo o peso da responsabilidade.
Penso no muito que ganhamos ao longo desse muitos anos, principalmente, nos direitos que conquistamos, porém questiono o preço que pagamos, hoje, por todas essas conquistas e confesso com certa tristeza que acho excessivamente alto.
Vivemos angustiadas já que precisamos cumprir de forma exemplar todos os papéis que nos foram destinados e assim, ao longo de um único dia, somos capazes de desempenhar inúmeros papéis. E é claro que ao chegarmos ao final de cada dia nos sentimos exaustas.
Talvez, o grande aprendizado de tudo seja que o equilíbrio é fundamental e que devemos buscá-lo a qualquer custo. O equilíbrio entre a vida pessoal/familiar e profissional são fundamentais para termos uma vida mais “saudável”, plena e com mais tempo. Não é fácil, e é por isso que vivemos hoje, assim angustiadas, mas se tivermos isso como meta, talvez seja mais fácil influenciar as pessoas mais próximas e quem sabe daqui há vinte ou trinta anos, possamos deixar de legado uma vida mais feliz.
Nada contra que queimem sutiãs, que reivindiquem, que briguem, que lutem por melhorar a condição da mulher na sociedade, mas sinceramente, gostaria que tivessem me perguntado ou me dado o direito de escolher que tipo de sacrifício ou concessão, eu estaria disposta a fazer.
Fonte:
http://www.fiscosoft.com.br/indexsearch.php?PID=3000490
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