Há muito tempo, Ela vinha pensando nisso: somos nós mesmos que criamos o nosso caos.
Ela refletiu e analisou a afirmação de vários ângulos, de várias formas e pensou em várias situações. Aí, Ela se lembrou de uma história que uma amiga contou.
A história era de Amor e percorria como um rio várias margens – relacionamento, família, filhos, tempo.
A amiga começou a contar a história e Ela atenta não perdia nenhuma parte.
Uma amiga dessa amiga tinha uma vida, como costumam dizer “perfeita”.
Era casada há uns bons anos com um namorado da juventude. O namorado, hoje, marido havia se esforçado muito e era gerente de uma estatal. E fora através de muito esforço e dedicação que podia oferecer a mulher e ao casal de filhos uma vida “tranquila”.
A mulher desde o nascimento dos gêmeos havia conseguido um trabalho de meio expediente. Na parte da manhã, se dedicava integralmente a cuidar dos gêmeos: inglês, ballet, judô e na parte da tarde enquanto as crianças estavam na escola exercia seu ofício.
O pai embora trabalhasse muito participava ativamente da vida das crianças e era zeloso, amoroso e acima de tudo após os longos anos de casamento ainda nutria pela mulher, um amor sem tamanho. Procurava agradá-la até nas coisas mais simples.
Um belo dia, a mulher começou a enxergar defeitos no marido e atribuir a ele sua insatisfação. É ela estava cansada daquela vida feliz, tranqüila, pacata e previsível.
Ela queria correr o mundo, viver novas aventuras, sentir o coração pulsar e o rosto ruborizar e disse ao marido que precisava voar sozinha, que a estrada trilhada até o momento não a conduziria ao lugar onde desejava chegar.
O marido ficou atônito e custou a acreditar. Afinal, eram tão felizes. Onde ela queria chegar com tudo isso?
Viveram momentos difíceis, de indefinição, mas o marido acreditava em tudo o que haviam construído, na família que haviam formado, na segurança e paz que o casamento lhes trazia e com o coração estraçalhado decidiu deixar a mulher livre para alçar seus novos voos. Ele a deixou ir para onde queria e como queria.
Depois de muito tempo, a mulher caiu em si e percebeu que tudo o que ela havia construído com ele não podia ser jogado fora como um pedaço de papel que amassamos e jogamos na lixeira. Afinal, casamento não é um nó que se desfaz.
Ele a havia amparado em seus momentos de maior fragilidade, ele havia sido o seu porto seguro durante todos aqueles anos. A paz de espírito advinha do seu amor incondicional. Ele era o seu companheiro e pai de seus filhos. Aquela era a sua família e ela por um momento quase pôs tudo a perder e por quê? Porque a insatisfação não estava no casamento, porém em si mesma. Não podia esperar que os outros lhe indicassem a direção, se nem ela sabia para onde queria ir.
Ela viu que aquela tranqüilidade, a relação amorosa após tão longos anos, a segurança e a família eram exatamente o que ela precisava para ser feliz.
Ela não queria aventuras, incertezas e inseguranças. Isso tudo era muito mais do que ela podia suportar e muito menos do que merecia.
O marido por amá-la tanto a perdoou e juntos passaram uma borracha nesse momento de insegurança por qual a relação passou.
Ela parou e fez uma breve retrospectiva de toda a sua vida e pasma pensou: como pude ser tão leviana, egoísta e inconsequente comigo, com ele, com nossos filhos, com nossa família? Carregaria durante muito tempo o peso da culpa. A mesma que a consumia, mas estava decidida a botar um ponto final no caos que ela própria criou para si e para os que amava.
Vida que segue.
“Às vezes achamos a grama do vizinho mais verdinha do que a nossa e nos esquecemos de ver o belo jardim que nós mesmos fizemos.”
Nota: o post tem trilha sonora!
8 comentários:
Demais Mamu...mais uma vez!
Pior que é mesmo,,,se tá tudo muito bem, a gente sempre arruma um jeito de avacalhar....beijos e uma linda semana pra ti.
Isa,
Gostei demais da abordagem!
Temos atendência a achar que a felicidade nunca está onde estamos.
Nós somos responsáveis pela nossa felicidade.E ela vem de dentro,não importa se vc temde marido, filhos, casa, trabalho, etc.A alegria reside na alma.
O auto conhecimento é a chave para todas as nossas aflições.Aquilo que incomoda não é marido, mãe, filhos, trabalho.É o nosso desequilíbrio.O distanciamento do nosso eu.
Grande beijo
Boa noite.
Antes de mais nada quero lhe agradecer a visita.
Menina q texto maravilhoso,poxa bom para refletir sabia!!!
Parabéns pelo qualidade do blog.
um beijo grande.
Com certeza,o objetivo é justamente esse,espalhar a pombinha da paz por todos os blogs.
Amei a sua atitude.
Muito obrigado por sua atenção.
Voltarei amiga.
Beijos mil.
Que profundo o que você escreveu. Me fez parar e pensar!
Tenho adorado passar por aqui.
Um beijo,
Rê
Linda!! Adorei o texto.
Vida que segue? Vamu nessa!!
Tito, a vida segue sempre, mesmo com algumas tempestades!!!!
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