Então vamos ao que interessa...
Seguindo pela estrada, um pouco mais a frente viramos à direita. Percorremos mais alguns poucos metros e mais uma vez viramos à direita.
O carro está parado em frente à entrada e segue, lentamente, pelo caminho de paralelepípedos. Do lado direito um enorme gramado decorado com árvores e arbustos. Do lado esquerdo a casa do caseiro, depois uma casa maior e mais a frente, uma quadra de tênis. Voltamos os olhos para o lado direito e vemos a piscina, a churrasqueira e a casa principal. Estacionamos o carro na garagem e, finalmente, chegamos à casa do meu tio, em Teresópolis.
Esse é o meu lugar, o lugar do meu irmão, o lugar dos meus primos do Rio de Janeiro, o lugar dos meus primos de São Paulo e o lugar de quem mais quisesse chegar. Era um lugar de todos.
Desde que me entendo por gente e até mais ou menos os meus quinze anos foi nesse lugar que passei quase todas as férias escolares. Tanto as de julho e as de dezembro e janeiro e foi nesse lugar que brinquei, corri, me diverti, sorri e vivi muitas aventuras com meu irmão e meus primos.
Foi nesse lugar que meu pai me ensinou a andar de bicicleta sem rodinhas, que aprendi a patinar na quadra de tênis me segurando, no início, nas grades que a circundavam e depois de mãos dadas e velozmente com meus primos. Foi no gramado em frente à casa principal que corri para procurar meus ovos de Páscoa e para brincar de pique-esconde ou pique-bandeira. Foi sentada nesse gramado que fiz as minhas primeiras incursões culinárias, misturando terra e plantas e fazendo deliciosas comidas, em minhas panelinhas. Foi sentada a grande mesa retangular de madeira com bancos sem encosto que ri por diversas vezes, com meus primos, quando uma das avós nos servia, à noite, a tão famosa sopa de capim, apelido carinhoso que demos para o famoso Caldo Verde. Foi no campo de futebol que descobri que não tinha o menor jeito para a coisa e que gostava mesmo era de jogar handbol. Nesse lugar passei horas nadando no rio e tentando brincar com os peixinhos que fugiam de nós.
Foi nesse lugar maravilhoso que comemorarmos aniversários, Natal e Ano Novo e que celebramos o simples ato de brincar, livres e sem amarras (mentira! com algumas pequenas amarras).
Hoje, o sítio ainda existe, mas não pertence mais ao meu tio, já há uns bons vinte anos. Transformou-se em uma pousada, mas, ainda assim ficará para sempre guardado em minha memória, como sendo o lugar da minha infância.
26 comentários:
Que surpresa! Levei um susto... kkk... minha cidade linda! Aliás, cidade de todos nós, de quem curte os ares das montanhas. Mas aqui tem feito um frio de lascar!
Não moro no centro e nem nos arredores, moro na zona rural, mais conhecida como "roça"... kkk.. isso explica as minhas baixas de conexão à internet.
Adorei!
beijocas
Pertíssimoooo de mim!
Moro em Albuquerque! rsrsrs
Eita coincidência!
Como é bom lembrar a infância né? Dos momentos puros, inocentes de brincadeira.
Bjs e boa semana
Que delícia lembrar dessas coisas...eu vou muito à Terê, pois meu irmão tem casa lá...agora com essa friaca não dá pois lá minha asma ataca...quero te agradecer seu carinho nesses dias longe do blog. Beijos.
Oi Isadora, adorei sua postagem. Os lugares da nossa infância são mais do que especiais, se envolve a família toda então... Este lugar, para mim, é o interior de São Paulo, onde minha tia mora, e onde encontrava meus primos. Ah, infância é a melhor saudade que podemos ter!!!
Beijos.
Legal esta coletiva, amiga. Nossos lugares simples, são aqueles que nos trazem as verdadeiras memorias a tona. São aqueles que nos fizeram crescer cheia de esperança. Muito dez. Gostei. Amei esse outro cantinho.
Já estou te seguindo. 130 rasos. Merce um selo!!!rsrsrsrsr
Adorei a sua visita na Curiosa. Muito obrigada.Carinhosamente,
Sandra
Isadora,
Também conheço muito esta montanha, pois passei momentos da juventude alegres em carnavais no Higino ou Granja Comary.
E depois, é o freezer do lado do meu outro freezer que amo tanto.
bjs cariocas
Lugar lindo!
Nosso Brasil é cheio de lugares e pessoas especiais... assim como você.
Um beijo e boa semana...
Isadora
É uma pena seu tio não ter mais o sítio, mas a vida é assim mesmo.
Ainda bem que guardamos todas essas boas lembranças e agora com essa blogagem coletiva, temos a oportunidade de relembrar e passar para o papel (no caso, na net) não é?
bjs
Isadora, as melhores lembranças da infância seguem conosco a vida toda.
E o melhor lugar para se estar é onde estão os que amamos.
Beijo e boa semana!
Essa região é realmente linda.
Nossa do jeito que você contou me deu até vontade de ter vivido essas experi~encias em um lugar tão lindo como esse...
Pelo menos as lembranças ficaram, e bos lembranças....
Valeu!
QUEM TEVE UMA INFÂNCIA DESSA SÓ PODE SER UM ADULTO MUITO ,MAS MUITO FELIZ!!!
BJIM
Adoro cidades pequenas do interior, sua gente simples , sua paisagem e a comidinha me encantam.
Bjs
Isadora
Que lugar lindo, que história gostosa, que tempos maravilhosos que com certeza deves guardar para sempre. Pena que não existe mais. Pensando bem o lugar está lá de outra forma não é verdade?
Adorei saber masi um pouquinho de você.
Beijos
Oi flor linda!
Nossa, como estas coisas de criança marcam a gente né? Deu saudades do meu tempinho tbm...
Isadora, vc escreve muito bem (olha eu falando de novo a mesma coisa hahaha), mas é verdade, vc tem o dom de deixar a nossa mente vagando, vendo tudo o que vc tá escrevendo, como num filme...nunca desperdice este talento viu?!
Beijinhos, amei sua história de criança.
Flores e Luz.
Oi Isadora!
Que linda sua blogagem!Como é bom ter a lembrança de lugar que marcou a infância e adolecência.Que pena que não tem mais este lugar.
Desculpa, pela demora de responder sua mensagem da semana passada.
Meu post de hoje, sumiu!Passei muitas horas fazendo e pegando imagens na internet e ele desapareceu na minha frente.
Bjs,Rozani
É bom lembrar de lugares que nos fazem ou fizeram bem. Eu sempre me lembro de Minas Gerais e do fogão de lenha da minha saudosa avó Anna.
Bjs! Amiga.
Lu
Lindo lugar esse.Bela participação e toda aquela região é lindíssima!beijos,tudo de bom,chica
Puts, já estava formulando me convidar para passar oás férias aí também e vc me diz que virou pousada? Ahahaha, mas tenho certeza que vale a pena conhecer.
As memórias de infancia são sempre as melhores, sempre digo isso, porque é uma época que geralmente só recordamos as partes boas. Se aconteceu alguma coisa ruim, deletamos.
Adorei seu post Isa.
Bjokas
Isa,
Compartilho da sua nostalgia...infância e adolescência em casa de veraneio não tem igual,mas para minha sorte a casa ainda está lá, é da família e continua firme e forte para me trazer recordações maravilhosas e servir às brincadeiras da minha herdeira.
Bjsss
isadora,
linda postagen!
as melhores recordações....
otima participção..
lindas imagens ...
amo esta região.
bjos com carinho.
Que bela história, as fotos fez me lembrar da serra gaúcha, eu adoro ir lá.
Parabéns pelo texto.
Oi querida, prometo passar com mais calma depois pra te ler, mas agora vim deixar beijinhos e carinhos!
Beijo, beijo!
She
isadora, obrigado pela visita e acompanhar a história do trem da morte..... a viagem foi pura aventura, conheci muita gente legal, claro que tem horas que vc surta... fiz 10 capitulos e claro que muita coisa legal ficou de fora... a volta foi uma coisa a parte.... mas quando se é jovem, tudo é valido...
Ainda ontem perguntei para minha mãe, como foi para ela ficar 35 dias sem noticias do filho... ainda mais porque minha mãe é super preocupada.... ela disse, eu conheço você e sabia que tudo ia dar certo.... bonito isso né...
só escrevi para te responder e não precisa publicar este coment aqui ok!
bjs e até mais....
Obrigada a todos que deixaram e deixam por aqui palavras tão carinhosas.
Um beijo
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